Resumo
Entre 1968 e meados da década de 1970, São Caetano do Sul foi vitrine do basquete feminino brasileiro. Com uma equipe que contava com jogadoras da seleção brasileira, a cidade conquistou praticamente todos os campeonatos que disputou. Em razão disso, o esporte da cesta popularizou-se, de forma significativa, entre as crianças e os jovens sul-sancaetanenses. Estes, com o propósito de aprender os segredos da modalidade que trazia tantas glórias para o município, passaram a freqüentar as escolinhas mantidas pela Prefeitura, cujas aulas eram ministradas por algumas jogadoras do time. Foi numa dessas escolinhas que a rainha Hortência despontou para o basquete. Hortência de Fátima Marcari, uma das maiores jogadoras da história do basquete, iniciou sua vitoriosa carreira em São Caetano do Sul. No início da década de 1970, a cidade, por meio do fabuloso time do São Caetano Esporte Clube, acumulava títulos, detendo, assim, a hegemonia no basquete feminino no Estado de São Paulo. Foi nesse clube quea ex-atleta começou a projetar-se, chegando, aliás, a atuar ao lado de jogadoras consagradas, como Norminha, Marlene, Delcy e Elzinha, entre outras. Sua trajetória no basquete sulsancaetanense não se restringiu, contudo, às atuações pelo alvinegro da rua Ceará. Entre 1974 e o início de 1978, defendeu o CRE (Centro Recreativo Esportivo) Fundação, no qual teve uma passagem memorável e repleta de títulos. É este período inicial da inesquecível jornada profissional de Hortência, a eterna rainha do basquete brasileiro, que o presente artigo procurou resgatar, trazendo à tona as lembranças deste mito do esporte.