Resumo

O objetivo do estudo foi observar a relação da força de preensão manual (FPM) com a força muscular isocinética, a qualidade de vida, a ingestão calórica e a adiposidade em idosas sedentárias. Para tanto, foi recrutado 37 idosas sedentárias, entre 62 e 91 anos de idade, divididas em dois grupos: FPM ≥16 kg e (n=19) FPM <16 kg (n=18). A análise da composição corporal foi realizada pela Absortometria Radiológica de Dupla Energia (DEXA) e protocolo de sete dobras cutâneas. A medida da força de FPM foi obtida com dinamômetro hidráulico manual e a força muscular isocinética com um dinamômetro isocinético e o questionário Short Form Health Survey (SF-36) foi utilizado para verificar os aspectos referentes à qualidade de vida e usou-se um recordatório alimentar de 24 horas para observar o consumo alimentar. A análise de dados foi desenvolvida pelo teste Shapiro-Wilk para observar a normalidade dos dados. Os escores de qualidade de vida entre os grupos foram comparados pelo teste de Mann-Whitney Foi utilizada a correlação de Pearson para avaliar correlações entre a força de preensão manual e os parâmetros antropométricos, força muscular e ingestão calórica e a correlação de Spearman para avaliar a correlação entre a FPM e os escores da qualidade de vida Os resultados evidenciaram que a FPM das idosas apresentou correlação direta e estatisticamente significativa apenas com o pico de torque dos extensores do joelho direito (r = 0,506; p = 0.007) e dos flexores do joelho direito (r = 0,440; p = 0,022). Na correlação categorizados em dois grupos; um com maior e outro com menor FPM, o grupo com força ≥16 kg apresentou menor percentual de gordura no tronco (29,9 ± 11,8 %), menor massa gorda total (29,8 ± 11,1 %), e melhor qualidade de vida no item capacidade funcional (79,2 ± 24,1) comparado ao grupo de menor força. Nesse sentido, concluímos que a força está intrinsicamente ligada ao bem-estar e a saúde do idoso.

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