A relação da força de preensão manual com a qualidade de vida, ingestão calórica e adiposidade em mulheres idosas sedentárias
Por Roberto Antonio Grisa (Autor), André Sousa Costa (Autor), André Sousa Costa (Autor), Ronaldo Ferreira Moura (Autor), Dahan Cunha Nascimento (Autor), Jonato Prestes (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 30, n 3, 2022.
Resumo
O objetivo do estudo foi observar a relação da força de preensão manual (FPM) com a força muscular isocinética, a qualidade de vida, a ingestão calórica e a adiposidade em idosas sedentárias. Para tanto, foi recrutado 37 idosas sedentárias, entre 62 e 91 anos de idade, divididas em dois grupos: FPM ≥16 kg e (n=19) FPM <16 kg (n=18). A análise da composição corporal foi realizada pela Absortometria Radiológica de Dupla Energia (DEXA) e protocolo de sete dobras cutâneas. A medida da força de FPM foi obtida com dinamômetro hidráulico manual e a força muscular isocinética com um dinamômetro isocinético e o questionário Short Form Health Survey (SF-36) foi utilizado para verificar os aspectos referentes à qualidade de vida e usou-se um recordatório alimentar de 24 horas para observar o consumo alimentar. A análise de dados foi desenvolvida pelo teste Shapiro-Wilk para observar a normalidade dos dados. Os escores de qualidade de vida entre os grupos foram comparados pelo teste de Mann-Whitney Foi utilizada a correlação de Pearson para avaliar correlações entre a força de preensão manual e os parâmetros antropométricos, força muscular e ingestão calórica e a correlação de Spearman para avaliar a correlação entre a FPM e os escores da qualidade de vida Os resultados evidenciaram que a FPM das idosas apresentou correlação direta e estatisticamente significativa apenas com o pico de torque dos extensores do joelho direito (r = 0,506; p = 0.007) e dos flexores do joelho direito (r = 0,440; p = 0,022). Na correlação categorizados em dois grupos; um com maior e outro com menor FPM, o grupo com força ≥16 kg apresentou menor percentual de gordura no tronco (29,9 ± 11,8 %), menor massa gorda total (29,8 ± 11,1 %), e melhor qualidade de vida no item capacidade funcional (79,2 ± 24,1) comparado ao grupo de menor força. Nesse sentido, concluímos que a força está intrinsicamente ligada ao bem-estar e a saúde do idoso.