Resumo

 14-09-2004

O objetivo foi estudar a correlação entre a força muscular e o desempenho de crianças masculinas treinadas ao realizar exercício supramáximo de curta duração, avaliando-se em cicloergômetro, em intensidade máxima com 15 s de duração, por intermédio dos testes de impulsão vertical e de avaliação isocinética da força muscular. Foram estudados 16 rapazes pré-púberes saudáveis, praticantes de futebol de campo, com idade média de 12,1 ± 0,7 anos. Após a realização de medidas antropométricas, os voluntários foram submetidos a três momentos de atividades: exercício em intensidade subjetiva máxima (EISM) no cicloergômetro, com duração de 15s; exercício concêntricode extensão de joelho em dinamômetro isocinético nas velocidades angulares de 60 graus/seg e 180 graus/seg (ISOtest 60 e ISOtest 180); exercício de salto vertical tipo Squat Jump (SJ) e Counter Movement Jump (CMJ) sobre um tapete de contato. As variáveis mensuradas foram: no EISM, Potência média (Pmed, [W]), Potência média relativa (Pmed rel, [W.Kg 1] ), Potência pico (Ppico, [W]), Potência pico relativa (Ppico rel, [W.kg-1]), Tempo para alcançar a potência pico (Tppico, [s]); no ISOtest 60 e 180, Torque máximo (Torque Max, [N.m]), Torque máximo relativo (Torque max rel, [%]), Tempo para alcançar o torque máximo, (Ttorque Max, [mseg]), Trabalho (Trab, [J]), Trabalho relativo (Trab rel, [%]) e Potência média Isocinética (Pmed Isso, [W]); no SJ e CMJ, a altura dos saltos[cm]. Foram observadas correlações de Pearson significativas, mas moderadas, entre [La] e o desempenho no cicloergômetro (Ppico x [La], r= 0,67 e Ppico rel 1 x [La], r= 0,74). Alguns parâmetros de desempenho estudados no ISOtest 60 e ISOtest 180, entretanto, foram altamente correlacionados com o desempenho no cicloergômetro como: Torque Max x Pmed r=0,93), Torque Max x Ppico (r=0,94); Trab x Pmed (r=0,88), Trab x Ppico (r=0,89); Pot med Iso x Pmed (r=0,87), Pot med Iso x Ppico (r=0,89), no ISOtest 180 e, Torque Max x Pmed (r=0,86), Torque Max x Potpico (r=0,89), Pot med Iso x Pmed (r=0,84) e Pot Med Iso x Ppico (r=0,86), no ISOtest 60. Todas estas correlações citadas entre o desempenho no ISOtest 60 e ISOtest 180 com o desempenho no EISM foram significativas a p< 0,0001. O desempenho no exercício isocinético foi correlacionado com o desempenho no EISM, na maioria das vezes. Também foram observadas correlações moderadas entre o desempenho nos saltos verticais estudados (SJ e CMJ) e no ISOtest 60 e ISOtest 180. O desempenho em testes de capacidade anaeróbia no cicloergômetro, quando aplicados em populações pediátricas, pode ser significativamente influenciado por fatores associados à força muscular e padrões de recrutamento neural, além da capacidade metabólica de gerar energia anaerobiamente.

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