Resumo

Introdução: Estudos apontam que, embora a prática regular de atividade física seja um comportamento comprovadamente benéfico para saúde, essa prática vem sofrendo reduções principalmente entre crianças e adolescentes. Objetivo: Desta forma, o objetivo do estudo foi verificar a relação entre o nível de atividade física e os estágios de mudança de comportamento em crianças e adolescentes de acordo com o sexo e a idade. Métodos: Para tanto, foi utilizado um método transversal consistente na aplicação de dois questionários, o PAQ-C (Physical Activity Questionnaire for Children- CROCKER et al., 1997) para avaliar o nível de atividade física e o modelo transteorético de Prochaska e DiClement (1992) para verificar os estágios de mudança de comportamento. A amostra foi composta por 227 crianças e adolescentes (10 a 14 anos), de ambos os sexos, do ensino médio de uma escola privada da cidade de Cornélio Procópio-PR. Na análise estatística foi adotado o teste de MacNemar para associar o cruzamento das medidas (p<0,05). A tabela 1 apresenta os valores de frequência relativa, absoluta (%) e fator significância de classificação das variáveis entre PAQ e EMC, de acordo com o sexo e idade. Resultados: Os resultados encontrados revelaram que entre os dois instrumentos (PAQ + EMC), de modo geral, os alunos inativos (53,7%) apresentaram maior percentual que os ativos (5,7%), assim como os pertencentes ao sexo masculino (9,9%) em relação ao feminino (1,7%), e os das faixas etárias entre 11 (9,3%) e 12 anos (8,2%) com relação aos demais. Quanto a relação entre os instrumentos (PAQ ativo / EMC inativo e EMC ativo / PAQ inativo) e o fator significância, foram observadas diferenças nas frequências absolutas, relativas e significativas entre todas as variáveis analisadas, demonstrando existir uma percepção contraditória nas respostas dadas aos instrumentos. Conclusão: Neste contexto, destaca-se que os jovens avaliados apresentaram uma discrepância no entendimento da prática da atividade física, sendo que alguns superestimam suas atividades realizadas, e outros subestimam. Os resultados mostram ainda que, embora tais ferramentas sejam validadas para o proposito do estudo, talvez os jovens não tenham conhecimento necessário para destacar se são realmente ativos, ou que, as atividades que realizam são suficientes para proporcionarem condições adequadas para a saúde, já discutidas segundo critérios nacionais e internacionais. 

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