A Relação Entre o Nível de Atividade Física e os Estágios de Mudança de Comportamento em Crianças e Adolescentes
Por Ricardo Busquim Massucato (Autor), Helio Serassuelo Junior (Autor), Marçal Guerreiro do Amaral Campos Filho (Autor), Filipe Rodrigues Mendoça (Autor), Guilherme Alves Grubertt (Autor), Jorge Both (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: Estudos apontam que, embora a prática regular de atividade física seja um comportamento comprovadamente benéfico para saúde, essa prática vem sofrendo reduções principalmente entre crianças e adolescentes. Objetivo: Desta forma, o objetivo do estudo foi verificar a relação entre o nível de atividade física e os estágios de mudança de comportamento em crianças e adolescentes de acordo com o sexo e a idade. Métodos: Para tanto, foi utilizado um método transversal consistente na aplicação de dois questionários, o PAQ-C (Physical Activity Questionnaire for Children- CROCKER et al., 1997) para avaliar o nível de atividade física e o modelo transteorético de Prochaska e DiClement (1992) para verificar os estágios de mudança de comportamento. A amostra foi composta por 227 crianças e adolescentes (10 a 14 anos), de ambos os sexos, do ensino médio de uma escola privada da cidade de Cornélio Procópio-PR. Na análise estatística foi adotado o teste de MacNemar para associar o cruzamento das medidas (p<0,05). A tabela 1 apresenta os valores de frequência relativa, absoluta (%) e fator significância de classificação das variáveis entre PAQ e EMC, de acordo com o sexo e idade. Resultados: Os resultados encontrados revelaram que entre os dois instrumentos (PAQ + EMC), de modo geral, os alunos inativos (53,7%) apresentaram maior percentual que os ativos (5,7%), assim como os pertencentes ao sexo masculino (9,9%) em relação ao feminino (1,7%), e os das faixas etárias entre 11 (9,3%) e 12 anos (8,2%) com relação aos demais. Quanto a relação entre os instrumentos (PAQ ativo / EMC inativo e EMC ativo / PAQ inativo) e o fator significância, foram observadas diferenças nas frequências absolutas, relativas e significativas entre todas as variáveis analisadas, demonstrando existir uma percepção contraditória nas respostas dadas aos instrumentos. Conclusão: Neste contexto, destaca-se que os jovens avaliados apresentaram uma discrepância no entendimento da prática da atividade física, sendo que alguns superestimam suas atividades realizadas, e outros subestimam. Os resultados mostram ainda que, embora tais ferramentas sejam validadas para o proposito do estudo, talvez os jovens não tenham conhecimento necessário para destacar se são realmente ativos, ou que, as atividades que realizam são suficientes para proporcionarem condições adequadas para a saúde, já discutidas segundo critérios nacionais e internacionais.