Resumo

A subjetividade humana se manifesta também no ato educativo, configurando-se como um elemento importante na compreensão do processo de ensino. A representação, a percepção e o imaginário são aspectos que podem ser resgatados nos discursos de professores oportunizando o entendimento de concepções que segmentam, reduzem, facilitam ou interditam o ato pedagógico. Na educação infantil, essas concepções são tema de estudos que criticam, principalmente, a transferência da educação física pautada nos padrões escolares do ensino fundamental para esta etapa educacional sem levar em conta as necessidades e desenvolvimento específico de crianças de 0 a 5 anos. A presente pesquisa tem por objetivo estudar e analisar a representação do professor de educação física sobre sua prática em creches e núcleos de educação infantil (NEIs). Para tal, emprega-se uma pesquisa de campo por meio de entrevistas não-diretivas com oito docentes de educação física lotados no município de Florianópolis. Das entrevistas foram extraídos trechos significativos que revelam a projeção, identificação e transferência na orientação das metas e dos conteúdos da aulas desses professores. Conclui-se que as experiências vividas influenciam a percepção, os significados e as representações que interferem nas conceituações dos sujeitos sobre seu papel pedagógico e suas visões sobre o corpo e o movimento.

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