A responsividade ao ganho de massa muscular esquelética influência o desempenho dos testes funcionais de idosas destreinadas?
Por Ian Isikawa Tricoli (Autor), Gabriel Kunevalik de Moraes (Autor), Jarlisson Francsuel Melo dos Santos (Autor), Witalo Kassiano (Autor), Marcelo Augusto da Silva Carneiro (Autor), Natã Gomes de Lima Stavinski (Autor), Bruna Costa (Autor), Edilson Serpeloni Cyrino (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
O treinamento resistido (TR) é uma das estratégias mais eficazes para manter e/ou aumentar a massa muscular esquelética (MME) em idosos, atenuando os efeitos deletérios do envelhecimento, como a autonomia funcional. Entretanto é observado uma vasta modificação nas respostas adaptativas, onde as alterações entre indivíduos podem variar, tendo grandes alterações (responsivos), enquanto outros não (nãoresponsivos). Sendo assim, o possível papel da responsividade ao aumento da MME sobre o desempenho em testes motores funcionais ainda não está bem estabelecido na literatura. OBJETIVO: Analisar os efeitos da responsividade aos ganhos de MME sobre o desempenho nos testes motores funcionais em mulheres idosas fisicamente independentes. MÉTODOS: Cento e seis mulheres idosas destreinadas (idade = 69,2 ± 5,6 anos; massa corporal = 65,5 ± 12,1 kg; estatura = 154,6 ± 6,1 cm; IMC = 27,29 ± 4,13 kg/m²), fisicamente independentes, foram submetidas a um programa de TR composto por 8 exercícios para o corpo inteiro, onde as participantes realizavam três séries de 8-12 repetições ao longo de 12 semanas, com frequência de 3 vezes na semana. O desempenho da aptidão funcional foi avaliada a partir de três testes motores, a saber: levantar da cadeira e caminhar (LCC), sentar e levantar (SEL) e teste de caminhada de 6 minutos (T6min). A MME foi estimada a partir de exames obtidas por absortometria radiológica de dupla energia (DXA). Para as análises estabelecidas na presente investigação a amostra foi classificada em dois grupos, a partir da responsividade ao ganho de MME, onde aumentos iguais ou maiores que 0,580 kg, as participantes eram classificadas como responsivas (RP, n = 55) e não-responsivas (N-RP, n = 51) abaixo deste valor. RESULTADOS: Um efeito do tempo (P < 0,05) foi identificado para os testes de TC6min, SEL e LCC (TC6min: N-RP = 6,20% e RP = 7,70%; SEL: N-RP = 7,64% e RP = 7,58%; LCC: RP = - 4,30% e NP = - 1,29%), porém sem mudanças significantes entre os grupos (P>0,05). CONCLUSÃO: Os nossos resultados mostram que a responsividade ao ganho de MME parece não exercer efeito sobre o desempenho nos testes motores funcionais em mulheres idosas destreinadas.