Resumo

O treinamento resistido (TR) é uma das estratégias mais eficazes para manter e/ou aumentar a massa muscular esquelética (MME) em idosos, atenuando os efeitos deletérios do envelhecimento, como a autonomia funcional. Entretanto é observado uma vasta modificação nas respostas adaptativas, onde as alterações entre indivíduos podem variar, tendo grandes alterações (responsivos), enquanto outros não (nãoresponsivos). Sendo assim, o possível papel da responsividade ao aumento da MME sobre o desempenho em testes motores funcionais ainda não está bem estabelecido na literatura. OBJETIVO: Analisar os efeitos da responsividade aos ganhos de MME sobre o desempenho nos testes motores funcionais em mulheres idosas fisicamente independentes. MÉTODOS: Cento e seis mulheres idosas destreinadas (idade = 69,2 ± 5,6 anos; massa corporal = 65,5 ± 12,1 kg; estatura = 154,6 ± 6,1 cm; IMC = 27,29 ± 4,13 kg/m²), fisicamente independentes, foram submetidas a um programa de TR composto por 8 exercícios para o corpo inteiro, onde as participantes realizavam três séries de 8-12 repetições ao longo de 12 semanas, com frequência de 3 vezes na semana. O desempenho da aptidão funcional foi avaliada a partir de três testes motores, a saber: levantar da cadeira e caminhar (LCC), sentar e levantar (SEL) e teste de caminhada de 6 minutos (T6min). A MME foi estimada a partir de exames obtidas por absortometria radiológica de dupla energia (DXA). Para as análises estabelecidas na presente investigação a amostra foi classificada em dois grupos, a partir da responsividade ao ganho de MME, onde aumentos iguais ou maiores que 0,580 kg, as participantes eram classificadas como responsivas (RP, n = 55) e não-responsivas (N-RP, n = 51) abaixo deste valor. RESULTADOS: Um efeito do tempo (P < 0,05) foi identificado para os testes de TC6min, SEL e LCC (TC6min: N-RP = 6,20% e RP = 7,70%; SEL: N-RP = 7,64% e RP = 7,58%; LCC: RP = - 4,30% e NP = - 1,29%), porém sem mudanças significantes entre os grupos (P>0,05). CONCLUSÃO: Os nossos resultados mostram que a responsividade ao ganho de MME parece não exercer efeito sobre o desempenho nos testes motores funcionais em mulheres idosas destreinadas.

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