Resumo

O objetivo deste artigo é a compreensão da Síndrome do Esgotamento Profissional em professores de Educação Física da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (RMEPOA). A revisão bibliográfica possibilitou unificar a expressão do fenômeno como “Síndrome do Esgotamento Profissional” (SEP). O problema central da investigação traduz-se na seguinte questão: De que modo os professores de Educação Física da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (RMEPOA) “abandonam” o trabalho docente, e que elementos são mais significativos nesse processo? Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo e envolve 15 professores de Educação Física da Rede Municipal de Porto Alegre (RMEPOA) os quais, entre janeiro de 2000 a julho de 2002, entraram em licença médica por motivos de estresse, ansiedade e depressão. Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas, registros em um diário de campo e análise de documentos. O trabalho docente revelou-se para esses professores como uma prática profissional marcada por sentimentos negativos que comprometem a qualidade do trabalho, acumulando, com o passar do tempo, reações físicas e emocionais. Para a maioria dos professores colaboradores, essas vivências subjetivas de desgaste físico e emocional acumuladas no trabalho traduziram-se em sentimentos depressivos e em fadiga crônica, compondo um estado anímico denominado Síndrome do Esgotamento Profissional.

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