Resumo

Como o corpo atualmente tem se configurado como uma das principais
referências de estudos, onde ele estabelece a ponte de ligações entre o real e o
imaginário e entre valores culturais construídos e destruídos; pois o corpo é o
transporte de auto-expressão dos indivíduos. É assim que culturalmente, se
faz o corpo, da mesma maneira, é assim que a sociedade o (re)inventa. Este
presente estudo deriva-se de um estudo bibliográfico que objetiva refletir e
analisar a interação e o papel sócio-cultural que a Educação Física exerce nos
corpos da sociedade brasileira na atualidade. No decorrer de nossa pesquisa
encontramos no brasileiro um corpo autômato, descrito e controlado em todos
os seus mínimos detalhes, seja, anatomicamente, politicamente ou culturalmente
asfixiado por intermináveis regras, normas e regulamentos que limitam as suas
ações espontâneas. Sendo assim, compreendemos que carecemos refazer os
indivíduos e percebê-los como um todo e não mais, como partes independentes,
ou seja, o homem por natureza é e necessita ser visto e observado como um
homem holístico. Finalmente devemos destacar que a Educação Física têm o
corpo como o seu principal objeto de trabalho; e este corpo é fruto da interação
natureza/cultura. O que define corpo é seu significado, o fato dele ser produto
da cultura, ser construído diferentemente por cada sociedade, e não as suas
semelhanças biológicas universais. Ressaltamos ainda que, a visão de corpo
que predomina nas sociedades capitalistas é o corpo preso a uma hierarquização
e, para tanto, precisa ser um corpo forte, sadio e com capacidade de produzir
mais, gerar lucros e consumir na mesma proporção. A Educação Física na
sociedade brasileira, não deveria ter uma ação mecanizada, pois assim, ela estaria
estimulando a sua inexistência, ou seja, ela estaria negando-se e deixando de
lado o seu papel de desenvolvimento holístico e de formar cidadãos consciente
e participativo.

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