Resumo

Muitos são os atuais desafios em relação a tematização de gênero nas instituições de ensino, desde o domínio teórico pelos d@s professor@s2 , até às resistências causadas pelo pânico instaurado na cruzada moral antigênero, forjada “[...] na ideia da existência de uma ´ideologia de gênero´ que supostamente foi criada para desestabilizar os ideais das famílias tradicionais” (GRANVILLE-BARBOZA; PAIVA; SOUZA JÚNIOR, 2022, p.43). A Resolução CNE/CP nº 2/2015 aprovada em julho de 2015 traz a obrigatoriedade da tratativa de gênero e outros temas no âmbito dos cursos de Licenciatura. Contudo, em dezembro de 2019 ela foi revogada pela Resolução CNE/CP nº 2/2019, a qual não mais apresenta a citada obrigatoriedade. Verifica-se também a escassez de estudos sobre gênero na Formação Inicial em Educação Física (LEITE, et al., 2022; FREITAS; SOUZA JUNIOR, 2020; DUARTE; CASTRO; NASCIMENTO, 2021; DEVIDE; ARAÚJO, 2019; RAMALHO, et al., 2022). Além das especificidades tratadas, est@s revelam que essa escassez é ainda maior nos cursos de Bacharelado, sendo a temática discutida apenas nas disciplinas optativas, como algo de menor importância no currículo. O presente estudo, objetiva analisar como gênero é tematizado no currículo da Formação Inicial de Educação Física em uma Universidade Pública do Estado de Pernambuco.

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