A Termografia no Apoio Ao Diagnóstico de Lesão Muscular no Esporte
Por Fábio Bandeira (Autor), Eduardo Borba Neves (Autor), Marcos Antônio Muniz de Moura (Autor), Percy Nohama (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 20, n 1, 2014. Da página 59 a 64
Resumo
Introdução: O rúgbi é um dos esportes que mais ocasionam lesões. A lesão muscular apresenta uma variação térmica localizada, provocando um acréscimo da temperatura local que supostamente pode ser avaliado por meio da mensuração da temperatura. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar a correlação entre a variação de temperatura da pele em diversos sítios corporais e a variação da CK, em dois momentos do ciclo de atividades dos atletas profissionais de rúgbi, para, dessa forma, avaliar a utilização da termografia como método de apoio ao diagnóstico de lesões musculares. Métodos: Participaram deste estudo, 21 atletas de rúgbi do sexo masculino com idade entre 19 e 31 anos, de um clube profissional de nível nacional. Foram realizadas coletas de sangue para avaliar a concentração sérica de CK e a aquisição da imagem infravermelha dos atletas (48 h pós-treino e 48 h pós-jogo) para avaliação da temperatura da pele nos músculos de interesse. Foram realizadas imagens do tronco e das coxas, nas incidências anterior e posterior. A análise dos termogramas foi realizada de forma sistemática. Resultados: Não houve correlação entre a variação da CK e a variação de temperatura média das áreas dos músculos selecionados. Entretanto, no grupo de atletas que apresentaram elevação da CK superior a 50% entre o primeiro e o segundo momento de avaliação, os músculos peitoral esquerdo e semitendíneo esquerdo apresentaram diferenças significativas com valor de pde 0,037 e 0,045, respectivamente. Conclusões: Pode-se concluir que a termografia pode ser utilizada como método de apoio ao diagnóstico de lesão muscular em atletas