Resumo


Qual seria a relação entre tribo skatista e instituição escolar? O interesse por esta temática veio do fato de que a prática cultural dos skatistas está no universo escolar e o ‘invade’, representando atipicidade e esboçando relações de poder por meio de seus capitais culturais produzidos fora das barreiras arquitetônicas escolares. Trabalhamos a hipótese de que tal relação colocaria em discussão as questões referentes ao fenômeno sociológico poder escolar, pois no espaço escolar a incorporação de indivíduos detentores de diferentes capitais culturais, não comandados pelo pedagógico stricto sensu, tenderia a demonstrar a transformação e a continuidade do (re)equilíbrio do poder escolar, em função das diferentes formas de acessos às fontes de poder na configuração escola. Com isso, objetivamos responder duas questões principais: a) com quem estaria o poder na relação entre tribo skatista e instituição escolar? b) qual a percepção de poder escolar pela ótica da tribo skatista, que colabora com a constituição da configuração escola? Esta é uma pesquisa empírica com aproximações do enfoque sociológico configuracional. Como documentos, foram utilizados bibliografias, revistas especializadas e discursos dos skatistas da cidade de Piracicaba/SP, coletados pelo uso da técnica de entrevista semi-estruturada. Na análise dos documentos pesquisados encontramos elementos empíricos e teóricos que colaboraram para a leitura do fenômeno poder escolar como algo relacional, dinâmico e sempre em (re)equilíbrio, de acordo com as movimentações das interdependências funcionais, instituindo uma configuração escolar. 
 

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