Resumo

Este texto propõe uma análise da situação atual da formação profissional para o ensino e suas relações com a universidade a partir da potencialização de uma vontade de maior eficácia por parte do Estado. Ele identifica três desafios: 1) a colocação em tensão de abordagens plurais do desenvolvimento profissional dos docentes e da melhoria das escolas, 2) os modos de gerenciar a obrigação de resultados em formação, por parte dos professores, e, por trás desses dois primeiros pontos, 3) as relações com a “ciência?? e a “pesquisa?? no contexto do retorno em força da “ciência dura??. Com relação a esses desafios, uma universidade tem mais autonomia que um Instituto de Educação (École normale) e pode, ao se reivindicar da “esquerda do parlamento da ciência?? (Kant), afastar certos perigos. Se a universidade não conseguir colocar em tensão fecunda abordagens plurais da melhoria da prática e das escolas, ter uma resposta sofisticada à obrigação de resultados e nem desenvolver nos docentes uma relação crítica com a ciência, quem conseguirá?