Resumo

Com a diminuição da taxa de mortalidade infantil, a melhoria das condições sanitárias e redução do número de nascimentos tem aumentado proporcionalmente o número de idosos no mundo. Este aumento do número de idosos acontece principalmente nos países do terceiro mundo. Segundo a Organização das Nações Unidas, é esperado que a população mundial triplique entre 1950 e 2025 e que o número de idosos quintuplique. Países como Brasil, Bangladesh e México terão suas populações de idosos aumentadas em até quinze vezes nessa mesma data. Apesar do crescimento deste grupo de pessoas, poucas têm sido as propostas concretas que possibilitem um melhor conhecimento do idoso e de suas condições de vida no Brasil. Falta de interesse das autoridades competentes, pouco poder de mobilização dos próprios idosos, discriminação da sociedade e da família acabam por colocar o idoso de pijama, na cadeira de balanço à espera da morte. As universidades dos países desenvolvidos têm procurado estudar o problema do idoso fazendo com que eles participam como sujeitos do processo. Entendo que o Brasil deveria adotar postura semelhante para que dessa forma pudéssemos melhor atender o nosso idoso que tem sido frequentemente tratado como objeto e não como sujeito.O esporte, a recreação, o condicionamento físico e o lazer são as sub-áreas da Educação Física que têm sido estudadas na sua relação com o idoso. Gerontólogos e geriatras vêm destacando os benefícios da Educa-ção Física no que se refere ao bem estar geral das pessoas idosas (Longueville, 1987). As atuais teorias sobre o envelhecimento enfatizam a necessidade do homem se manter em movimento, desfazendo a crença que para termos um maior número de anos de vida necessitamos de muito repouso e cuidados especiais (Dietrich, 1980). A Educação Física pode ter um papel importante na reintegração do idoso na sociedade e entendo que um dos melhores locais para que realizemos esses estudos seja a Universidade, e deles os sujeitos devem participar.
* Apoio financeiro - CAPES