A Universidade Federal da Bahia e a História do Lazer na Cidade da Bahia: Rotas, Rotinas e Rupturas no Século XX -1945-1955
Por Wilson de Lima Brito Filho (Autor).
Em Licere v. 20, n 3, 2017. 1 Páginas.
Resumo
O presente trabalho de pesquisa faz parte do Programa de Pós- Graduação em Educação (PPGE), da Faculdade de Educação, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), na linha temática Educação, Cultura Corporal e Lazer, situando o seu objeto na investigação de questões relativas ao Lazer, Cidade, História e Educação, discutindo a pluralidade e diversidade do tema, a partir do estudo destas práticas no estado da Bahia, mais diretamente em Salvador. A pesquisa se estabelece com fundamento no seguinte questionamento: Quais as relações entre a construção da Universidade Federal da Bahia e o desenvolvimento e a fruição das vivências e ações no lazer soteropolitanos, no período entre 1945 e 1955? A partir deste problema, apontamos como hipótese, a noção de que a UFBA, a partir de suas ações, especificamente as do campo da cultura, influenciou e ao mesmo tempo, recebeu influência dos modos de lazer da cidade do Salvador, entre os anos de 45 e 55. Partindo desses elementos, nossa proposta de estudo objetivou investigar o processo histórico de constituição do lazer, em Salvador, entre os anos de 45 e 55 do século XX, especificamente a partir da formação da Universidade Federal da Bahia. Pretendemos também perceber como a repercussão dessa instituição, através das suas ações, se relacionou com a organização do fenômeno lazer na cidade, levando em consideração as diversas rotas, rotinas e rupturas que o fenômeno possivelmente teve nesse período, em consonância com os próprios projetos de mudança da cidade. Para o desenvolvimento deste estudo, como metodologia, optamos por uma revisão de literatura que dialogasse com o contexto e com os temas em foco, ou seja, estudos sobre a fundação da UFBA, sobre o fenômeno lazer, sobre a cidade e as ideias de modernidade. Ainda, na análise destas literaturas, utilizamos fontes históricas, específicas, jornais e revistas de época, notadamente o jornal A Tarde, por entendermos que este representava a conjuntura soteropolitana e seu cotidiano. Como conclusão, entendemos que houve uma interface entre a construção da UFBA e a produção, incorporação de novas formas de lazer pela cidade.