A Utilização de Superfície Instável Aumenta a Atividade Eletromiográfica dos Músculos da Cintura Escapular no Exercício Crucifixo
Por Bruno Melo (Autor), André Pirauá (Autor), Natália Beltrão (Autor), Rodrigo Araújo (Autor), Ana Carolina Pitangui (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 19, n 3, 2014.
Resumo
O objetivo do presente estudo foi comparar a atividade eletromiográfica (EMG) dos músculos da cintura escapular e membro superior no exercício crucifixo realizado em superfície estável e instável. Participaram do estudo 14 voluntários (22,5 ± 2,4 anos, 173,6 ± 7,10 cm, 76,03 ± 9,02 kg). Cada voluntário realizou uma série de 10 repetições do exercício crucifixo em uma superfície estável (banco horizontal) e uma instável (bola suíça). A intensidade foi fixada em 30% de 1-RM em ambas as condições. Foram captados sinais EMG da porção clavicular do Peitoral Maior (PM), Deltoide Anterior (DA) e Serrátil Anterior (SA). Para análise dos dados foi utilizada uma ANOVA Two-way com medidas repetidas para comparação da atividade EMG em cada condição, com pós-teste de Bonferroni e para analisar os valores de RM foi utilizado o teste de Wilcoxon. Para todas as análises foi fixado um nível de significância de p≤0,05. Resultados demonstraram que os músculos peitoral maior (p = 0,036), deltoide anterior (p = 0,042) e serrátil anterior (p = 0,017) apresentaram valores de atividade EMG mais elevados quando o exercício foi realizado na superfície instável. Não foi verificada diferença significativa para os valores obtidos no teste de 1RM entre as superfícies (p = 0,125). Diante dos resultados é possível concluir que o uso de superfícies instáveis, associado a um exercício monoarticular, com carga rotacional, para cintura escapular e membros superiores, promove maiores níveis de atividade EMG dos grupamentos motores primários.