Resumo

este estudo tem como objetivo analisar a utilização do teste de força em pacientes portadores de DPOC e correlacionar com a capacidade funcional e a qualidade de vida em um programa de reabilitação pulmonar (PRP). Foram avaliados pacientes portadores de DPOC pré e pós o PRP, utilizando os seguintes instrumentos: o teste de 1RM, o teste da caminhada dos seis minutos (TC6’) e o Questionário Saint George's Respiratory Questionnaire (QQVSG). Foram incluídos 112 pacientes de ambos os sexos 61,6% masculino e 38,39% feminino com média de idade de 64,23 ± 8,74 anos, com VEF1 (42,96 ± 19,02% do predito), com as seguintes classificações através da espirometria: 19% em GOLD I (leve), 18% em GOLD II (moderado), 35% em GOLD III (grave), 28% em GOLD IV (muito grave). Os testes de 1RM com maiores aumentos de carga foram nos seguintes exercícios: roldana alta (36,61±10,61 vs. 47,25±15,47; ?=10,64kg), extensão de joelhos (33,91±11,51 vs. 44,57±14,98; ?=10,66kg) e supino (38,5±13,53 vs. 48,74±15,68; ?=10,24kg), porém essas diferenças não foram estatisticamente significativas. No TC6’, as médias pré e pós PRP foram, respectivamente, 399,98 ± 98,37m vs. 453,42± 93,25m ?=53,44 metros. Em relação a qualidade de vida obtivemos os seguintes resultados nos domínios do SGRQ: Sintomas pré e pós (48,38 ±20,21 vs. 33,48 ± 18,12; ?=14,9), Atividade (67,42 ± 21,88 vs. 52,11 ± 21,11; ?=15,31), Impacto (34,94 ± 17,39 vs. 21,98 ± 18,99; ?=12,96) e Total (47,76 ± 15,74 vs. 32,67 ± 16,13; ?=15,09). A partir dos resultados obtidos com o presente estudo, pode-se observar que a avaliação e a evolução do treinamento físico pelo teste de 1RM foram eficazes no programa de reabilitação pulmonar, associando-se com a melhora na qualidade de vida e na capacidade de exercício destes pacientes.

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