Integra

Enquanto pessoas morrem nos hospitais, a poucos metros joga-se futebol como se nada estivesse acontecendo. 

Esse é o retrato do governo genocida de Bolsonaro, o mascote ou fantoche de Trump, escolha você o adjetivo.

O Presidente da República, que não foi a nenhum hospital durante a pandemia, mas incentivou seus eleitores à invadirem os hospitais para filmarem se há mesmo ocupação, pois duvida que o covid-19 realmente tenha matado mais de 270 mil pessoas, vive postando fotos com camisetas de times de futebol, recebe alguns ex-jogadores e, com isso, reforça a alienação da classe.

Nesta segunda-feira pela Copa do Brasil Sub-20, a equipe do Perilima conseguiu colocar em campo 8 jogadores, o restante da delegação testou positivo para o COVID 19. A partida foi encerrada por não ter o número mínimo suficiente de jogadores, após 2 atletas do Perilima se lesionarem. 

Eu queria ficar chocado, mas o óbvio é o óbvio. Simples assim. Não deveria estar havendo partida de futebol nesse momento: os jogadores não estão imunes, assim como os árbitros, e por não ser considerada uma atividade essencial. Infelizmente não é assim que pensa a CBF e as Federações, pois colocam em risco os jogadores, as comissões técnicas e a arbitragem. 

Mas a grana vale mais que a vida dos atletas, pelo visto. Não só a dos atletas, mas a de todos os envolvidos.

Esse discurso de que a economia não pode parar também é usado por governantes negacionistas. 

Estamos repetindo o mesmo erro!

Historicamente o futebol sempre foi usado estrategicamente por governos como forma de entretenimento da população para desviar a atenção dos problemas sociais reais que vivenciamos.

Usando um termo bem tradicional, trata-se da velha política do “pão e circo”. Usar do esporte como meio de flexibilizar o isolamento social em plena pandemia é uma estratégia criminosa dos governos e das direções dos clubes, explorando a paixão e amor dos torcedores, fingindo estarem respondendo aos seus anseios. 

O futebol acaba sendo uma representação contemporânea da escravatura, como venho afirmando há tempos.