Resumo

O futebol apresenta-se como um fenômeno social capaz de mobilizar os sujeitos para sua  prática  ou  contemplação.  A  violência,  como  processo  construído  historicamente  nas sociedades tem nos esportes de confronto, neste caso o futebol, lócus privilegiado para sua ocorrência, que seria neste contexto, controlada pelas regras geridas pelos árbitros.

Objetivos: Identificar e analisar as formas de violência sofridas por um grupo de árbitros de futebol. Descrever a percepção subjetiva dos árbitros acerca da violência sofrida, bem como a influência no desempenho de sua prática profissional.

Amostra: Doze árbitros  amadores  do  sexo  masculino  de  Juiz  de  Fora,  com  curso  superior (58,3%), idade de 30,9 anos (média) e experiência na arbitragem de 11 anos (média).

Métodos: Nesta pesquisa qualitativa foi utilizado o método de estudo de caso, que teve como foco o futebol amador da cidade de Juiz Fora em Minas Gerais – Brasil.A técnica de pesquisa foi a entrevista semiestruturada. O tratamento dos dados seguiu a técnica da Análise de Conteúdo.

Resultados: A maioria dos árbitros começa a carreira pelo curso de Educação Física e pela arbitragem no futsal. As principais violências sofridas são realizadas por atletas, torcedores e dirigentes dos clubes amadores. Este processo faz com que os árbitros evitem polêmicas ao aplicarem a regra do futebol, utilizando-se do “bom senso” para evitar conflitos.

Conclusões: A violência praticada contra os árbitros ocorre de variadas formas, ofensas verbais, xingamentos, tentativas de intimidação, agressão física. Os árbitros percebem este processo como importante fator de interferência na qualidade de sua atuação profissional.

 

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