Resumo

O presente trabalho de carácter exploratório é parte inicial de um estudo mais
aprofundado sobre a literatura do handebol. O estudo tem como objectivo
caracterizar quantitativamente as abordagens produzidas pela comunidade andebolista
internacional, a partir da publicação de 545 artigos em revistas publicadas em Portugal
(Setemetros (189), Horizonte (3), Ludens (3), Medicina desportiva (2) e Treino
Desportivo (3), na Espanha (Apunts Educación Física (6) e Comunicación Técnica/
FEBM (153)), na França (Approches du Handball (91), Education Physique et
Sport (72) e Revue de Education Physique (4)) e na Argentina ( Stadium (19)). Para
esta caracterização utilizou-se a grelha para a classificação das abordagens propostas
por GAYA (1994, adaptado de FARIA JUNIOR, 1987), tendo por categorias as áreas:
filosófica, sócio-antropológica, biológica, treino desportivo, pedagógica, psicológica
e administração e gestão. Quanto a caracterização encontramos os seguintes valores
percentuais relativos as áreas e sub-áreas: os artigos produzidos na área do treino
(63, 6%) situam-se respecticamente, nas sub-áreas: de programa de treino -
planejamento e avaliação (67%), de modelos de treino de capacidades motoras
específicas (31,7 %) e de análise de gesto técnico desportivo (0,28%). No que diz
respeito à área pedagógica (14,5%), a sub-área ensino-aprendizagem apresenta o
maior percentual (85,7%), seguido da sub-área avaliação com 14,2%. No âmbito da
área biológica (7,9%) a maioria dos artigos situa-se nas sub-áreas de medicina
desportiva (42,8%) e fisiologia (35,7%). A menor frequência ocorre nas sub-áreas
de biometria e biomecânica (9,5%, respectivamente) e nutrição (2,3%). Na área da
administração e gestão (7,1%), no que concerne à frequência em relação às sub-
áreas, a interpretação de regulamento desportivo apresentou a maior ocorrência de
artigos publicados (60,5%). Seguem-se as sub-áreas de desenvolvimento de infraestrutura para gestão desportiva (28,9%); planejamento e desenvolvimento de
diretrizes para a formação de desportistas e dirigentes (18,4%); e avaliação de
programas de atividades desportivas (2,6%). Na área psicológica (4,7%) predominou
a sub-área de avaliação psicológica para atletas (80%). Também com baixa frequência
apareceram as sub-áreas de treinamento mental (12%) e de ansiedade (4%).
Finalmente, na área sócio-antropológica (1,8%), há uma predominância da sub-
área de história...

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