Academias ao ar livre como estratégia de promoção de saúde x políticas públicas de esporte e lazer
Por Marco Aurélio Gonçalves Nóbrega dos Santos (Autor), Márcio Pereira (Autor), Marcelo Pereira de Lima (Autor).
Resumo
No início do século XXI, por volta de 2005 surgia no Brasil as Academias ao Ar Livre (AAL), inspiradas em um modelo chinês de academias, cujas estruturas visavam a pratica de exercícios de alongamento, fortalecimento muscular e capacidade aeróbica principalmente para o público idoso e que veio junto com o processo de implantação de políticas de promoção da saúde (VERÍSSIMO, 2011). Foi em Maringá (PR) que se desenvolveu o projeto piloto denominado Programa Maringá Saudável e que seguia as diretrizes do Programa Brasil Saudável, no qual se espalhou rapidamente para outros municípios brasileiros, contemplando pessoas acima de 12 anos de idade e que ficavam situadas em lugares públicos ao ar livre, como praças e parques com vários projetos que incentivavam a prática da atividade física como as Academias da Cidade no Recife, em Aracajú, Florianópolis entre outras e que também são chamadas de Academias da Terceira Idade (PESSATO, 2013; HALLAL et al, 2009; MENDONÇA et al, 2009; PALACIOS et al, 2009). Costa et. al. (2016) ressalta que tais espaços recebem outras denominações de Academia da Melhor Idade e Academias da Saúde, essa última que não pode ser confundida pois pertence a um programa com características específicas do Ministério da Saúde. Com esse crescimento expressivo visando a promoção da saúde através da atividade física, em 2012, a gestão do governo do Estado de São Paulo decretou que a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude firmasse convênios com os municípios paulistas transferindo recursos para que fossem implantadas e instaladas as academias ao ar livre em lugares públicos e centros para possibilitar, facilitar e estimular o acesso à atividade física (SURDI et. al., 2011). Nesse sentido, as AALs se popularizaram e se disseminaram por todo o Brasil conquistando adeptos de várias regiões e idades, atualmente elas ocupam os mais diversos espaços nas cidades e nas zonas rurais, mesmo sem ter sequer tido uma política nacional para a implantação desses equipamentos