Acidentes Oculares nas Atividades Esportivas
Por Augusto Adam Netto (Autor), Mateus Astolfi (Autor), Igor Kunze Rodrigues (Autor), Roberta Neumaier (Autor), Ulysses Jorge de Aguiar (Autor).
Em Arquivos Catarinenses de Medicina v. 35, n 1, 2006. Da página 76 a 81
Resumo
Objetivo: Analisar 20 casos de pacientes vítimas de acidentes oftalmológicos na atividade esportiva, atendidos no ambulatório do Serviço de Oftalmologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC). Métodos: Avaliou-se, retrospectivamente, o prontuário de 20 pacientes admitidos no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), no período de março de 2003 a março de 2004. Resultados: A maioria dos pacientes foi procedente de Florianópolis (65%), seguida da região metropolitana de Florianópolis (25%) e outras localidades (10%). As vítimas do sexo masculino representaram 85% da amostra. A distribuição quanto ao olho atingido foi de 60% para o olho esquerdo e 40% para o olho direito, não havendo nenhum caso de lesão ocular bilateral. O futebol foi a modalidade predominantemente praticada (50%), seguido do voleibol (10%). A bola foi o objeto causador do trauma em 60% dos casos, o dedo em 15% e o pé em 15%. A faixa etária mais acometida foi a de maiores de 18 anos, representando 65% da amostra. A profissão prevalente foi a de estudante (40%) seguida pela de advogado (10%). A principal complicação encontrada foi o hifema (23,3%), seguida pela irite traumática(16,6%) e hematoma/edema palpebral (13,3%). Conclusão: Apesar de o trauma ocular na atividade esportiva ser prevenível, ainda acontece com freqüência e gera consequências importantes