Resumo
A impedância bioelétrica (BIA) tem sido utilizada na investigação da composição corporal em população geral, bem como populações específicas como crianças e adolescentes diagnosticados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). A infecção pelo HIV e exposição crônica aos medicamentos antirretrovirais pode resultar na redução da massa livre de gordura (MLG), baixo conteúdo mineral ósseo (CMO) e redistribuição da gordura corporal. O presente estudo teve como objetivos: verificar a reprodutibilidade, validade e diferenças nas estimativas da composição corporal por BIA frente aos métodos de referência, revisando sistematicamente a literatura na população pediátrica; e verificar a validade da análise da composição corporal de crianças e adolescentes que vivem com HIV por BIA comparada com os métodos de referência absorciometria por dupla emissão de raios-x (DXA) e pletismografia por deslocamento de ar (ADP). Para identificar lacunas científicas do objetivo do estudo, inicialmente se realizou revisão sistemática nas bases de dados PubMed, Embase, EBSCO, Web of Science, Scopus e SciELO. Posteriormente, pesquisa correlacional de validade concorrente foi realizada com 64 crianças e adolescentes (8 a 15 anos), com diagnóstico de HIV em seguimento clínico no ambulatório Hospital-DIA do Hospital Infantil Joana de Gusmão, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.