Resumo

OBJETIVO: Adaptar os protocolos de velocidade crítica (Vcrit), RAST Test e Lactato Mínimo (LM) à especificidade do basquetebol feminino. 
MÉTODOS: Doze basquetebolistas bem treinadas (19 ± 1 anos) foram avaliadas pelo modelo velocidade crítica, composto por quatro intensidades (10,8, 12,0, 13,0, 14,5 km/h) de corridas "vai-vem" até exaustão, aplicadas em dias alternados. O modelo linear 'velocidade versus 1/tlim' foi adotado para determinação de parâmetros aeróbio (Vcrit) e anaeróbio (CCA). O LM foi composto por duas fases: 1) indução hiperlactacidêmica, caracterizada pelo  RAST adaptado, e 2) fase progressiva, composta por cinco estágios de 3 minutos em corridas "vai-vem" de 20 m (7 a 12km/h), com coletas de sangue ao final de cada estágio. 
RESULTADOS: A velocidade (vLM) e a concentração do lactato mínimo foram obtidas pelos ajustes polinomiais 'lactato versus intensidade' (LM1) e 'lactato versus tempo' (LM2). A ANOVA one-way, teste t-Student e correlação de Pearson foram utilizados na análise estatística. A Vcrit foi obtida a 10,3 ± 0,2 km/h e a CCA estimada em 73,0 ± 3,4 m. O RAST foi capaz de induzir a hiperlactacidemia e determinar potências máxima (3,6 ± 0,2 W/kg), média (2,8 ± 0,1 W/kg), mínima (2,3 ± 0,1W/kg) e o índice de fadiga (30 ± 3%). A vLM1 e vLM2 foram obtidas, respectivamente, a 9,47 ± 0,13 e 9,8 ± 0,13km/h, sendo a vLM1 menor que a Vcrit. 
CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que o modelo específico não invasivo pode ser utilizado para determinar parâmetros aeróbios e anaeróbios de basquetebolistas e, assim como em outras modalidades, a Vcritsuperestima as intensidades de LM. Além disso, a adaptação do LM ao basquetebol feminino utilizando o RAST e a fase progressiva em exercício "vai-vem" foi efetiva para avaliar as atletas respeitando a especificidade da modalidade, com elevado percentual de sucesso no ajuste polinomial 'lactato versus tempo'.

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