Resumo

Introdução: A flexibilidade é uma importante variável relacionada à saúde e ao
desempenho atlético (ACSM, 1998; ARAÚJO, 2004). Portanto, o objetivo do
trabalho foi verificar o comportamento da flexibilidade após quatro semanas
de treinamento de força em diferentes articulações. Métodos: A amostra foi
composta de nove voluntários (6 mulheres e 3 homens) com (43±4,5 anos;
65,5±13,4 kg; 155,1±9,7 cm e 26,06±4,3 kg/m²) aparentemente saudáveis e
inativos pelo menos 6 meses. O grupo foi submetido há 4 semanas consecutivas
de treinamento em três sessões semanais alternadas, utilizando 7 exercícios
(supino reto, agachamento livre, puxada aberta pela frente, supino 45º, leg
press 45º, remada sentada e abdominal). Realizaram-se três séries de 8-12RM
em forma de circuito com 2 minutos de intervalo entre as seqüências. As
articulações analisadas foram: ombro, cotovelo, quadril, joelho e coluna. A
flexibilidade foi medida ativamente, sendo os avaliados orientados para não
realizarem qualquer tipo de aquecimento prévio. Todas as medidas foram
obtidas através de um flexímetro (Sanny® FL-6010). Para a análise estatística
foi utilizado o teste t-student para comparar, separadamente, os valores obtidos
em cada movimento nas situações pré e pós-treinamento, (p<0,05). Resultados:
Apesar das diferenças observadas entre as articulações analisadas, estas não
foram significativas, porém podem-se destacar as diferenças apresentadas pelas
articulações do quadril durante a flexão do segmento direito (79,33±13,89 e
88,88±9,26) e esquerdo (77,33±14,11 e 85,77±112,81), para a coluna na flexão
lateral para a direita (23,22±6,66 e 32±6,24) e esquerda (23,33±6,22 e 32±5,52),
na flexão frontal (15,66±3,9 e 31,22±6,94) e extensão (15,88±4,59 e
28,01±5,07), no resultado pré e pós-treinamento de força, respectivamente.
Conclusão: Pode-se destacar que apesar da ausência de diferenças estáticas,
houve um viés de aumento. Assim o presente estudo sugere que durante as
quatro primeiras semanas, o treinamento de força pode contribuir para a
preservação ou aumento dos níveis de amplitude articular em indivíduos adultos.

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