Adaptações Cardiovasculares Agudas em Diferentes Períodos de Intervalo de Recuperação Entre as Séries no Exercício Resistido
Por Rodrigo Silva (Autor), Flávio de Jesus Camilo (Autor), Ytalo Mota Soares (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Apesar das evidências dos benefícios do Exercício Resistido (ER) para o
sistema cardiovascular, ainda existe inúmeras lacunas no tocante à prescrição
deste tipo de exercício. Assim, o objetivo do presente estudo é verificar as
adaptações cardiovasculares agudas em diferentes períodos de intervalo
de recuperação entre as séries no ER. Foram investigados 11 homens com
24,71 ± 4,4 anos de idade, estatura 178,00 ± 6,85 cm, massa corporal
71,11 ± 9,74 Kg. Os voluntários tinham histórico de não-envolvimento
em atividades sistemáticas de ER. Foram realizadas três séries com 10
repetições a 60% de 1-RM. A velocidade de execução foi de dois segundos
na fase concêntrica e dois segundos na fase excêntrica. As variáveis
investigadas foram: Frequência Cardíaca (FC), Pressão Arterial Sistólica
(PAS), Pressão Arterial Diastólica (PAD) e Duplo Produto (DP). Os
diferentes tempos de intervalo de recuperação entre as séries foram um e
dois minutos. Todas as variáveis foram coletadas no aparelho cadeira
extensora. A PAS e a PAD foram aferidas no repouso e entre a oitava e
décima repetição de cada série. Para tal, foi utilizado o aparelho de pressão
coluna de mercúrio da marca Glicomed. Registrou-se a FC no repouso e
ao final de cada série ou imediatamente após, com um cardiofrequencímetro
da marca Polar modelo S810. Na estatística descritiva utilizou-se média e
De s v io Padr ão. Pa ra de t e rmina ç ão da s di fe renç a s e s t at i s t i c ament e
significativas aplicou-se a análise de variância de duas entradas e test post
hoc (LSD). O nível de significância foi de 5%. Utilizou-se o software SPSS
11.0. Ao comparar o comportamento das variáveis estudadas, não foram
encontradas diferenças significativas entre os intervalos de um e dois
minutos. Dessa forma, parece que intervalos de um e dois minutos entre
as séries no ER impõem respostas cardiovasculares agudas semelhantes
no exercício de cadeira extensora. É importante salientar que tal resultado
não pode ser generalizado, estando circunscrito ao design metodológico
aplicado nesse estudo.