Adaptações Cardiovasculares e de Força no Treinamento Concorrente em Mulheres Hipertensas
Por Ayrton Moraes Ramos (Autor), Gilmar Weber Senna (Autor), Estevão Scudese (Autor), Estélio Henrique Martin Dantas (Autor), Marzo Edir da Silva Grigoletto (Autor), Jordan David Fuqua (Autor), Emerson Pardono (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 25, n 5, 2019.
Resumo
Introdução
O exercício físico tem sido recomendado como estratégia não farmacológica para prevenção e controle da hipertensão.
Objetivo
Verificar as adaptações crônicas cardiovasculares e de força muscular em mulheres hipertensas submetidas a 12 semanas de treinamento concorrente (TC) em diferentes ordens.
Métodos
Foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos 20 mulheres hipertensas: grupo de treinamento de força-resistência (REE; 56,00 ± 5,20 anos; 78,95 ± 8,28 kg; 155,10 ± 5,30 cm; 33,00 ± 5,30 kg.m-2) e grupo de exercícios de resistência-treinamento de força (ERE; 57,10 ± 13,38 anos; 76,56 ± 18,87 kg; 155,50 ± 8,18 cm; 31,41 ± 5,84 kg.m-2). O treinamento de força foi composto por quatro exercícios, três séries, com cargas de 8-RM com 90 segundos de intervalo entre as séries e os exercícios. O exercício de resistência teve duração de 25 minutos com intensidade progressiva. Força muscular (8-RM), pressão arterial sistólica e diastólica, frequência cardíaca e duplo produto foram avaliados pré e pós-exercício.
Resultado
ANOVA mostrou aumentos significativos de força para todos os exercícios (p < 0,0001), independente da ordem do treinamento concorrente (supino horizontal: p = 0,680; leg press: p = 0,244; remada sentada: p = 0,668; e cadeira extensora: p = 0,257). Para a pressão arterial sistólica (p = 0,074) e diastólica (p = 0,064), não foram verificadas diferenças significativas para diferentes condições de TC. No entanto, apenas em REE, houve redução significativa na pressão arterial sistólica (p = 0,0001), diastólica (p = 0,006) e duplo produto (p = 0,006).
Conclusão
O treinamento de força e exercício de resistência promove ganhos de força muscular significativos em 12 semanas de treinamento, independentemente da ordem de realização, em mulheres hipertensas. Também foram observadas respostas benéficas cardiovasculares (SBP, DBP e RPP) quando iniciado pelo treinamento de força. Nível de evidência I; Estudos terapêuticos − investigando os resultados do tratamento.