Resumo

O objetivo desse estudo foi revisar os resultados acerca das adaptações neuro-musculares ao treinamento de força (TF) e concorrente (TC) em homens idosos. Foram consultadas as bases de dados da Pubmed, Scopus e Scielo de 1980 a 2012. A partir dessa busca, 3390 artigos tiveram seus títulos avaliados e 127 foram selecionados para uma segunda análise para leitura dos abstracts. Destes, 92 artigos foram lidos completamente e 25 artigos foram selecionados e tiveram seus resultados descritos. Diversos estudos demonstraram  que idosos submetidos ao TF apresentam aumento na força, potência, ativação e massa muscular. A melhora na força decorrente do TF pode ser explicada através de adaptações neurais e morfológicas. As principais adaptações neurais ao TF consistem no aumento no recrutamento das unidades motoras (UMs), bem como no aumento na freqüência de disparo das UMs. Já as adaptações morfológicas incluem o aumento da área de secção transversa (AST) fisiológica muscular, bem como no aumento na espessura muscular, ângulo de penação das fibras e modificações nas isoformas de cadeia pesada de miosina e conversão de fibras do subtipo IIX para IIa. Recomenda-se a inclusão do TF de intensidade moderada a alta (65-85% da força máxima) na rotina dessa população para a melhora da função neuromuscular. Embora o TC promova adaptações neuromusculares significativas, a magnitude dessas adaptações pode ser inferior quando comparada ao TF. Apesar de o TC resultar em interferência nas adaptações neuromusculares, o TC também promove melhora na função cardiovascular, sendo essa intervenção mais recomendada para promoção da saúde em idosos.

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