Adaptações da Pressão Arterial Após Uma Sessão de Exercício de Força em Idosos
Por Luiz Humberto Souza (Autor), Luciana das Mercês Lima (Autor), Ricardo Jacó de Oliveira (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução e objetivo: Há consenso de que o número absoluto de idosos na
população tende a crescer nas próximas décadas, o que desperta preocupação acerca
das condições de saúde e qualidade de vida que esses indivíduos estarão submetidos.
Em particular, é possível que haja um aumento expressivo de pessoas portadoras de
doenças crônico-degenerativas, especialmente hipertensão arterial.Assim, a redução
dos valores pressóricos é um importante fator para minimizar o risco de doenças
cardíacas. Para tanto, medidas não-farmacológicas, que apresentam baixo custo e
efeitos colaterais raros, têm sido amplamente empregadas. O exercício físico regular
contribui para a diminuição da pressão arterial (PA) em repouso, podendo ocorrer
pós-exercício ou através da resposta crônica. No entanto, a variação da PA logo
após o exercício contra-resistência permanece pouco definido na literatura. Assim,
este estudo busca investigar a influência de uma única sessão de exercício resistido
sobre as alterações pressóricas de idosos. Materiais e Métodos: Foram selecionadas
34 voluntárias (68,21±3,93 anos; 65,5±16,03 kg; 152,35±6,61 cm) com experiência
prévia no treinamento contra-resistência, no mínimo há 6 meses. As participantes
estavam iniciando um programa de treinamento em uma intensidade a 60% de 1-
RM. Especificamente no dia da avaliação foram treinados, em 3 séries de 10 repetições,
os seguintes exercícios na intensidade previamente definida: leg press 180°, supino
vertical, puxada na frente, abdução de ombro com peso livre, flexão e extensão de
cotovelo na polia, cadeira extensora e flexora, flexão plantar. A PA foi mensurada
com um esfigmomanômetro de mercúrio em dois momentos: antes e após a
intervenção. As pressões arteriais sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram definidas
na fase 1 e 5 Korotkoff, respectivamente. Para comparar as diferenças entre o pré e
pós-teste foi utilizado o teste t pareado. O nível de significância adotado foi de p =
0,01. Resultados: Os valores médios, em mmHg, da PAS e PAD obtidos no repouso
(r) e pós-exercício (pe) foram: PAS (r)127,5±14,16, (pe)116,68±13,16; PAD
(r)83,15±12,9, (pe)71,76±12,73. Foram encontradas diferenças significativas entre
os valores da PAS (p=0,0014) e PAD (p=0,0004) pré e pós-intervenção. Conclusão:
Uma única sessão de exercício resistido a 60% de 1-RM foi suficiente para promover
reduções significativas dos níveis tensionais.