Aderência e Frequência em Programas de Atividades Físicas: a Influência de Diferentes Níveis de Aptidão Física
Por Laura Castro de Garay (Autor), Alexandre Palma (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 20, n 1, 2012. Da página 56 a 64
Resumo
O objetivo de presente estudo foi verificar a relação entre a aderência e frequência dos indivíduos em programas de atividades físicas e a influência de diferentes níveis de aptidão física diante deste processo. Os 1.573 indivíduos foram distribuídos em quatro subgrupos em relação à prática de suas atividades físicas: “regulares de alta” e de “baixa frequência” e “não regulares de alta” e “baixa frequência”. Neste sentido, foi possível observar que, indivíduos com aptidão física inicial acima da média eram mais regulares e frequentes que àqueles com aptidão aeróbia abaixo da média (p< 0,002); o grupo “não regulares com baixa frequência” apresentou menor valor médio de VO2max (32,53 ml-1.kg-1.min) e, em contrapartida, níveis iniciais de flexibilidade não influenciaram na manutenção aos programas de atividade física. A comparação entre o status inicial, “ativo” ou “menos ativo”, antes de se iniciar o programa com a posterior análise do estado de adesão aos exercícios físicos, não apresentou resultado significativo. Desta forma, é possível concluir que o fato do individuo apresentar uma maior aptidão física aeróbia pode estar associado a uma maior adesão ao exercício e que, não necessariamente um perfil “ativo” ou “menos ativo” influencia no comportamento posterior em relação à regularidade e a frequência das atividades.