Resumo

O câncer está entre as principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. Em 2012 ocorreram 14,1 milhões de novos casos e 8,2 milhões de mortes por câncer no mundo. Projeta-se a ocorrência de aproximadamente 600 mil casos novos de câncer para o biênio 2017-2018. Estudos indicam que mais de 30% das mortes por câncer poderiam ser prevenidas, modificando ou evitando os principais fatores de risco, dentre os quais a falta de Atividade Física (AF). Embora exista consenso de que está prática é coadjuvante no tratamento de canceres, as informações são poucos difundidas e a maior parte dos serviços de saúde não indicam esta atividade e pouco se sabe sobre sobre a prática de atividade física desta parcela da população. Assim o objetivo deste estudo foi verificar a prática de atividade física de pacientes com histórico de câncer atendidos em unidades hospitalares. Métodos: Participaram do estudo 208 pacientes procedentes de hospitais públicos de duas cidades do Estado de São Paulo. Foram utilizados questionários com perguntas sobre sexo, idade, tipo de câncer e prática de atividade física. Resultados: os cânceres mais frequente foram o de mama (16,8%) e de pele (11,5%); a idade dos pacientes variou entre 23 e 91 anos,  sendo em média de 63,2  anos; 61,1% era do sexo feminino; 72,1% não realizavam AF e 13% a realizavam mais do que três vezes por semana. Não houve correlação estatística significativa entre atividade física e as demais variáveis mas verificou-se que a maioria dos praticantes (65,61%) é idoso e que entre os adultos jovens, apenas 3,4% é praticante. Considerações finais: Os dados confirmam a baixa adesão que ainda existe na prática de atividade física de pessoas com histórico de câncer, sendo necessário ações para implementar esta atividade e estudos para verificar motivos desta baixa adesão, tendo em vista que atividade física é essencial para prevenir reincidência de canceres e também contribui para o tratamento da doença.