Adesão à Prática de Atividades Físicas Por Pacientes com Histórico de Câncer
Por Rute Estanislava Tolocka (Autor), Raphaela Espanha Corrêa (Autor), Lia Carla Gordonleme (Autor), Renata Ferreira Magalhães (Autor), Paulo Eduardo Neves Velho (Autor).
Resumo
O câncer está entre as principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. Em 2012 ocorreram 14,1 milhões de novos casos e 8,2 milhões de mortes por câncer no mundo. Projeta-se a ocorrência de aproximadamente 600 mil casos novos de câncer para o biênio 2017-2018. Estudos indicam que mais de 30% das mortes por câncer poderiam ser prevenidas, modificando ou evitando os principais fatores de risco, dentre os quais a falta de Atividade Física (AF). Embora exista consenso de que está prática é coadjuvante no tratamento de canceres, as informações são poucos difundidas e a maior parte dos serviços de saúde não indicam esta atividade e pouco se sabe sobre sobre a prática de atividade física desta parcela da população. Assim o objetivo deste estudo foi verificar a prática de atividade física de pacientes com histórico de câncer atendidos em unidades hospitalares. Métodos: Participaram do estudo 208 pacientes procedentes de hospitais públicos de duas cidades do Estado de São Paulo. Foram utilizados questionários com perguntas sobre sexo, idade, tipo de câncer e prática de atividade física. Resultados: os cânceres mais frequente foram o de mama (16,8%) e de pele (11,5%); a idade dos pacientes variou entre 23 e 91 anos, sendo em média de 63,2 anos; 61,1% era do sexo feminino; 72,1% não realizavam AF e 13% a realizavam mais do que três vezes por semana. Não houve correlação estatística significativa entre atividade física e as demais variáveis mas verificou-se que a maioria dos praticantes (65,61%) é idoso e que entre os adultos jovens, apenas 3,4% é praticante. Considerações finais: Os dados confirmam a baixa adesão que ainda existe na prática de atividade física de pessoas com histórico de câncer, sendo necessário ações para implementar esta atividade e estudos para verificar motivos desta baixa adesão, tendo em vista que atividade física é essencial para prevenir reincidência de canceres e também contribui para o tratamento da doença.