Administração de femproporex em ratas exercitadas: efeitos fisiológicos e implicações do uso desta substância na obesidade
Por Veridiana Mota Moreira (Autor), Luiz Delmar da Costa Lima (Autor), Dayse das Neves Moreira (Autor), Guilherme da Silva Caleffi (Autor), Renato Souza Silva (Autor), Clarice Yoshiko Sibuya (Autor).
Em Praxia - Revista on-line de Educação Física da UEG v. 1, n 3, 2013.
Resumo
Este trabalho teve por objetivo analisar os efeitos do treinamento físico de natação e da utilização de femproporex sobre parâmetros somáticos e bioquímicos de ratas jovens. Aleatoriamente, os animais foram divididos em 4 grupos experimentais (Grupo Controle= GC; Controle Treinado= CT; Treinado Medicado= TM e Grupo Medicado= GM) e mantidos em gaiolas de polietileno medindo 37,0 x 31,0 x 16,0 cm (5 animais por gaiola), sob condições controladas de umidade, temperatura, ciclo claro/escuro (12h/12h), tendo livre acesso a água e ração própria para roedores durante todo o experimento. As ratas medicadas (TM e GM) receberam por sonda gástrica (1mL/100 g peso corporal) solução fisiológica (NaCl 0,9%) acrescida de duas ampolas de fempropoex enquanto que as controles (GC e CT) receberam apenas a solução fisiológica. As ratas treinadas (CT e TM) foram submetidas a 5 semanas de natação, 5 dias por semana e 1 hora por dia, em tanques coletivos medindo 61 cm de largura e 68 cm de comprimento. Ao final do período experimental foram submetidas aos seguintes procedimentos experimentais: determinação dos teores séricos de glicose, colesterol total (CT) e proteínas totais (PT), e, determinação da massa das adrenais, da gordura perirenal e do peso corporal. Os resultados foram expressos em média±desvio padrão e analisados pelo teste t de Student para amostras independentes. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Os resultados demonstraram que houve um aumento na carga estressora imposta pela medicação quando a massa das adrenais de ratas medicadas foi significativamente maior que a das congêneres controles (GM= 35±4 mg e GC= 28±5 mg; p<0,02). No que diz respeito ao teor de proteínas totais, o treinamento pelo qual as ratas foram submetidas parece ter produzido efeito contrário, evidenciado pelo menor teor deste substrato na corrente sanguínea quando comparadas ao grupo controle (GT= 4,77±0,17 g/L e GC= 5,19±0,23 g/L; p<0,03). O óbito de animais no período experimental pode justificar, pelo menos em parte, as discrepâncias nos resultados de um modo geral. O tempo de treinamento a que foram expostas pode não ter sido suficiente para promoção de adaptações somáticas e bioquímicas. Desta forma, mais estudos são necessários para se elucidar os efeitos isolados e associados do exercício físico e do femproporex sobre o metabolismo e sobre a composição corporal de ratas jovens e a extrapolação destes para com a espécie humana.