Resumo

O negócio futebol cresce consistentemente no mundo, alcançando relevância que transcende clubes, federações e aficionados, pois envolve outros setores. Há décadas, na Europa, seu potencial foi notado, culminando em mudanças na estruturação dos clubes e ligas, permitindo melhor exploração e capacitação profissional. Nas cinco maiores ligas europeias, ocorreu um processo de transformação de modelo jurídico dos clubes, passando de associativos para empresas, permitindo captar recursos financeiros, fato crítico para o sucesso atual (Ernst & Young, 2020). No Brasil, o futebol desempenha papel importante na economia, as receitas dos 27 principais clubes dobraram entre 2008 e 2018 (Confederação Brasileira de Futebol [CBF], 2019, Seção Informes da CBF). Ao analisarmos os clubes, é revelada a condição precária do futebol brasileiro. Muitos estão há décadas em situações praticamente irreversíveis quanto à inviabilidade financeira, acumulando dívidas de aproximadamente R$10 bilhões (Oliveira, 2022, Seção Notícias do Senado Federal). Para Nakamura (2015), CBF (2019), Oliveira (2022) e Ferraz e Serra (2021), a falta de boas práticas de gestão corporativa e governança são apontadas como limitadores ao desenvolvimento dos clubes, sendo que a adoção de formato de clubes empresas é considerada como possível caminho para que clubes e o negócio do futebol prosperem no Brasil.

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