Integra

No período de 2003 a 2004, a SEME – Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Recreação da cidade de São Paulo formou mais de mil agentes comunitários de esporte e lazer. Na realidade, a Prefeitura de São Paulo reconheceu a presença de dezenas de homens e mulheres que há muito tempo atuam nas comunidades da periferia da cidade desenvolvendo projetos e programas esportivos voltados para crianças e jovens e situação de vulnerabilidade. Com o reconhecimento de trabalhos extraordinários, muitos deles sem apoio financeiro ou material do poder público ou privado, a SEME colocou em pauta o papel e o reconhecimento da importância de técnicos de futebol, futsal, basquetetebol entre outras modalidades que não possuem formação em Educação Física. Vale lembrar que o Ministério do Esporte foi criado em 2003. Tal reconhecimento teve desdobramentos nas duas primeiras conferências nacionais de esporte e lazer, sendo que na segunda houve um tensionamento com o sistema Cref/Confef, que não admitia em hipótese alguma o reconhecimento pelo poder público do trabalho desenvolvido pelos “agentes”. Após muitos debates, as resoluções da II Conferência reconheceram a importância e o papel destes importantes atores na democratização do acesso às práticas esportivas, com o compromisso de programas de formação para eles, com a seguinte resolução no eixo sobre recursos humanos:

No Sistema Nacional do Esporte e Lazer, constitui-se Agente Comunitário de Esporte e Lazer, todo aquele que atua como mobilizador, aglutinador, organizador, animador, mediador, motivador e arregimentador das atividades físicas, esportivas e de lazer junto à comunidade, devendo estar qualificado para interagir com as demais áreas sociais e profissionais e com a cultura local. veja as resoluções completas no link http://cev.org.br/biblioteca/ii-conferencia-nacional-esporte-documento-final/

Resta saber se o GT criado pelo Ministério irá retomar as resoluções e implementar o reconhecimento dos agentes de esporte e lazer.

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