Ajuste Polinomial Como Nova Técnica Para Determinação da Velocidade do Lactato Mínimo com Redução de Coletas Sanguíneas
Por Rafael da Costa Sotero (Autor), Carmen Sílvia Grubert Campbell (Autor), Emerson Pardono (Autor), Guilherme Morais Puga (Autor), Herbert Gustavo Simões (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 9, n 4, 2007. Da página 327 a -
Resumo
O propósito do estudo foi analisar a possibilidade de identificação da velocidade de lactato mínimo (LM) e de se estimar a máxima fase estável de lactato (MFEL), aplicando a função polinomial de segunda ordem a partir de apenas três estágios do teste do LM. Participaram do estudo 17 homens fisicamente ativos (24,1 ± 4.0 anos; 23,8 ± 2,2kg.m2(-1) IMC; 11,7 ± 3,8% gordura corporal) realizaram: 1) corrida de 1600m no menor tempo possível para cálculo da velocidade média (1600mV); 2) “sprint” de 150m para indução de hiperlactatemia e um teste incremental (Tin) consistindo de 6x800m a intensidades de 78, 81, 84, 87, 90 e 93% do 1600mV; 3) 2 a 3 sessões de 30 min de corrida em intensidade constante para determinação da MFEL. O lactato sanguíneo [lac] foi determinado pelo método eletroenzimático (YSI - 2700 SELECT). O LM foi identificado visualmente (LMv) bem como aplicando ajuste polinomial usando todos os 6 estágios (LMp), o 1º, 3º e 5º estágios (LMp135), o 1º, 3º e 6º estágios (LMp136) e o 1º, 4º e 6º estágios (LMp146) do test incremental. ANOVA evidenciou não haver diferenças entre as velocidades (m.min-1) identificadas pelo LMv (196,0 ± 17,8), LMp (198,0 ± 17,6), LMp135 (197,7 ± 17,6), LMp136 (200,0 ±17,2), LMp146 (199,7 ±18,1) e MFEL (198,7 ± 16,6) (p>0,05), e alta correlação entre os métodos estudados (p<0,01). A identificação do LM aplicando a função polinomial em apenas 3 estágios, demonstrou ser válida em estimar a MFEL e útil por possibilitar redução no número de coletas de [lac] durante o teste.