Alcance e Preensão Palmar em Tetraplégicos com Estimulação Elétrica Neuromuscular.
Por Enio Walker Azevedo Cacho (Autor), Roberta de Oliveira Cacho (Autor), Rodrigo Lício Ortolan (Autor), Núbia Maria Freire Vieira Lima (Autor), Edson Meneses da Silva Filho (Autor), Alberto Cliquet Jr (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 24, n 6, 2018. Da página 450 a 454
Resumo
Objetivo: Avaliar as estratégias de movimento de quadriplégicos com o auxílio de estimulação elétrica neuromuscular sobre o alcance e a preensão palmar com objetos de diferentes pesos. Métodos: Estudo clínico prospectivo. Quatro quadriplégicos crônicos (C5-C6) com lesões de origem traumática foram recrutados e todos tiveram o alcance e movimento de preensão palmar capturado por quatro câmeras infravermelho e seis marcadores retrorreflexivos fixados no tronco e braço direito, assistidos ou não por estimulação neuromuscular do tríceps, extensor radial longo do carpo, extensor dos dedos, flexor superficial dos dedos, oponente do polegar e músculos lumbricais. A medida foi feita com base na Classificação Neurológica e Funcional de Lesões Medulares da American Spinal Injury Association, na Medida de Independência Funcional e em variáveis cinemáticas. Resultados: Os pacientes foram capazes de alcançar e realizar preensão palmar em todos os cilindros utilizando as sequências de estimulação auxiliadas por estimulação elétrica neuromuscular. Os quadriplégicos produziram menor velocidade de pico, menor tempo de movimento e redução na segmentação do movimento, quando foram auxiliados pela estimulação elétrica neuromuscular. Conclusão: Este estudo mostrou que o alcance e o movimento de preensão palmar assistidos por estimulação elétrica neuromuscular foi capaz de produzir padrões motores mais semelhantes aos dos indivíduos saudáveis. Nível de evidência IV; Série de casos.