Resumo

A presente tese é fruto do estudo realizado no campo da docência universitária, explorando as fronteiras e os intercruzamentos entre a razão e a emoção; o vivido e o observado; o teórico e a prática; os saberes profissionais e a intuição docente. Através da pesquisa, buscou-se responder como os docentes universitários constituem seus saberes profissionais e como utilizam a intuição em seu saber-fazer cotidiano. Na construção teórica, dialogou-se, fundamentalmente, com alguns autores, entre eles: Cunha (1998); Leite [Org.] (1999); Garrido; Cunha; Martini [org.] (2002); Masetto (1998); Morosini [org.] (2003); Tardif et al (1991); Tardif (2002); Tardif; Gauthier (1996); Borges (1995); Claxton & Atkinson (2002); Viera Pinto (1979); Sousa Santos (1995), (2002). Metodologicamente o estudo caracterizou-se como uma pesquisa qualitativa, na perspectiva do paradigma emergente, buscando a construção de um conhecimento científico que pudesse tornar-se um novo senso comum emancipatório (SOUSA SANTOS, 1995). Os instrumentos de leitura da realidade foram as observações, registradas em diário de campo, e as entrevistas narrativas, complementadas pelos diálogos do pesquisador com os participantes. Os sujeitos foram dois docentes universitários de duas instituições de ensino superior, com trajetórias e formações distintas, mas com igual reconhecimento de seus pares e alunos como docentes criativos, críticos e inovadores. A incursão pelo campo empírico corroborou algumas afirmações iniciais do estudo. Possibilitou entender melhor como os docentes universitários, sujeitos históricos, pertencentes a um grupo socialmente constituído e detentores de saberes que lhe são próprios, utilizam-se da intuição em suas práticas e que esta é uma forma de sentir/saber/fazer que precisa ser resgatada e valorizada, no contexto da prática e da formação docente.
Palavras-chave: Intuições Docentes; Saberes profissionais Docentes; Docência
Universitária.

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