Alongamento Estático Versus Conceito Mulligan: Aplicações no Treino de Flexibilidade em Ginastas
Por Manuela Karloh (Autor), Raquel Petry dos Santos (Autor), Maria Helena Kraeski (Autor), Thiago Sousa Matias (Autor), Fábio Sprada de Menezes (Autor).
Em Fisioterapia em Movimento v. 23, n 4, 2010. Da página 523 a 533
Resumo
INTRODUÇÃO: Investigar e comparar as adaptações agudas do treino de flexibilidade da articulação coxofemoral no movimento de extensão em atletas de ginástica rítmica, em função de duas técnicas de alongamento: o alongamento estático e a técnica Mulligan - Long Leg Traction.
METODOLOGIA:Este é um estudo de caso, de natureza quase-experimental. Participaram do estudo oito atletas do sexo feminino com média de idade de 13,25 anos, divididas em dois grupos. O Grupo 1 foi submetido à técnica Mulligan - Long Leg Traction e o Grupo 2 ao alongamento estático. Utilizou-se a fotogrametria para avaliar a amplitude de movimento de extensão da articulação coxofemoral. Realizou-se a avaliação da amplitude de movimento antes do início do período de treinamento, antes e imediatamente após cada sessão. O protocolo teve duração de seis semanas (11 sessões de treinamento). Utilizou-se estatística descritiva e inferencial para o tratamento dos dados.
RESULTADOS: A amplitude de movimento inicial de extensão do quadril foi 31,38º no membro inferior esquerdo e 30,35º no membro inferior direito. Quanto às adaptações agudas ao alongamento, o ganho do Grupo 1 (4,73 ± 0,62º e 4,92 ± 0,26º no membro inferior esquerdo e direito respectivamente) foi estatisticamente superior de modo significativo ao do Grupo 2 (3,42 ± 0,58º no membro inferior esquerdo e 3,5 ± 0,70º no membro inferior direto).
CONCLUSÕES: Com relação às adaptações agudas, o Grupo 1 (Mulligan) obteve ganhos estatisticamente significativos superiores que o Grupo 2 (alongamento estático).