Alterações na função glomerular em pessoas com DRC-3 submetidas ao treinamento de força com Restrição de fluxo sanguíneo: ensaio clínico randomizado

O treinamento físico de força tem sido considerado um tratamento adjuvante para pacientes em estágios conservadores em DRC, mas há questionamentos sobre possíveis danos do uso do método de restrição de fluxo nesta população. Objetivo: Avaliar os efeitos do treinamento de 12 semanas de força muscular associado ao método de restrição de fluxo sanguíneo na função glomerular de pessoas com DRC-3. Método: Ensaio clínico randomizado em 4 grupos distintos (controle, baixa carga, alta carga e baixa carga/RFS). Foram incluídas pessoas com DRC-3, entre 35 e 75 anos, em tratamento em um hospital de alta complexidade da cidade de Maceió/Alagoas. Avaliou-se o perfil socioeconômico e estilo de vida (questionário semiestruturado), o nível de atividade física (IPAQ), Função Glomerular (Creatinina, Cistatina C e microalbuminúria). O treinamento físico ocorreu em 12 semanas, 3 vezes por semana, com duração de 40 minutos, com diferentes níveis de intensidade. Foram avaliadas a normalidade dos dados (Shapiro-Wilk), comparação interna dos grupos (Mann Whitney ou Wilcoxon) e entre grupos (ANOVA e Krushal-Wallis), magnitude do efeito (Cohen's d) considerando-se o valor p= 0.05. Resultados: Participaram do estudo 40 pessoas, com idade de 58 ± 8,9 anos, 62% não diabéticos, 87,5% hipertensos e 60% com baixos níveis de atividade física. Nas comparações internas, houve diferença significativa no grupo controle na TFG-CKD-Creatinina (p=0.026) e TFG-CKD-Cistatina (p=0.0207); na comparação entre os grupos houve diferença significativa na variável TFG-CKD-Creatinina entre o grupo com baixa carga e grupo com RFS (p=0.009) e nos níveis de creatinina do grupo com baixa carga e alta carga com o grupo de RFS (p=0,005). Houve também variação significativa entre os sujeitos nas TFG-CKD-Creatinina (p=<0.01), TFG-CKD-Cistatina C (p<0.01), Creatinina (p=<0.01) e microalbuminúria-Albumina urinária (p=<0.01). Conclusão: O treinamento com restrição de fluxo sanguíneo pode levar a menores perdas nos níveis de TFG-CKD-Creatinina do que treino com baixas cargas de intensidade.

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