Resumo

Este estudo objetivou analisar a ocorrência de lombalgias, curvaturas da coluna vertebral e encurtamento dos principais músculos que controlam a inclinação pélvica em atletas de luta olímpica. Métodos: Foram analisados 12 atletas de elite do sexo masculino (23,7 ± 5,0 anos; 1,71 ± 0,1 m; 74,2 ± 8,3 Kg). Os ângulos torácico e lombar da coluna vertebral, o encurtamento muscular dos flexores unie bi-articulares da articulação do quadril e a flexibilidade dos músculos isquiostibiais foram quantificados por fotometria e fleximetria. A ocorrência de dores nas costas foi verificada por meio de questionário. Resultados: Mais da metade dos atletas (58%) apresentaram lombalgias dos quais 71,4% foram considerados como crônicas. Os sujeitos com dores crônicas apresentaram maior ângulo lombar, maior encurtamentos dos flexores uni e bi-articulares do quadril e maior flexibilidade dos músculos isquiostibiais comparados com os portadores de dores agudas e assintomáticos (p < 0,01). Foi encontrado uma correlação positiva entre a lordose e encurtamento dos flexores uni (r = 0,77) e bi-articulares (r = 0,67) do quadril e entre lordose e flexibilidade dos isquiostibiais (r = 0,84). Conclusões: Conclui-se que a alta ocorrência de dores lombares nestes atletas pode estar relacionada com alterações posturais e desequilíbrios musculares. Outros estudos para confirmar a redução das dores após programas de atividades físicas compensatórias são requeridos. PALAVRAS-CHAVE: Luta Olímpica, Postura, Lombalgias, Desequilíbrios Musculares.

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