Resumo

Esse estudo teve por finalidade analisar as condições de acessibilidade física dos três campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima, bem como as práticas pedagógicas dos professores de educação física do Campus Boa Vista no atendimento dos alunos com deficiência física. Para tanto, além das análises das condições físicas dos campi, abordamos questões relacionadas à formação dos professores e suas práticas pedagógicas, identificando o conhecimento desses professores acerca do processo inclusivo no Brasil, como um ponto de partida para o atendimento do aluno com deficiência física, no sentido de problematizarmos a preparação para atender esses alunos. A acessibilidade física dos Campi possibilitou a participação desses alunos nas aulas de educação física e nas atividades do cotidiano da Instituição. Esta preocupação possibilitou um maior conhecimento no que se refere ao atendimento dos alunos deficientes físicos no Campus Boa Vista e revelou alguns problemas de estrutura física não acessível aos alunos nos Campus Amajari, Boa Vista e Novo Paraíso, que possibilitará o desenvolvimento de adequação física para o atendimento de todos os alunos. Problematizamos questões relacionadas à prática pedagógica do professor de educação física que atende os alunos deficientes físicos e observamos que existem algumas possibilidades de um novo pensar na elaboração do planejamento para que todos os alunos possam participar das atividades físicas. A inclusão social e a inclusão escolar devem ocorrer, em um sentido que não force a sociedade através de leis, mas sim possibilitando as pessoas o conhecimento de todo o movimento inclusivo e democrático do Brasil. Esta pesquisa teve como sujeitos os professores de educação física dos cursos técnicos integrados ao ensino médio e os alunos deficientes físicos do Campus Boa Vista. Pudemos observar, nas entrevistas, que os professores de educação física do Campus Boa Vista, que atendem aos alunos deficientes físicos não estão preparados para atendê-los, embora exista o interesse em adquirir os conhecimentos na área da educação física adaptada. Esta situação deve-se, principalmente, à falta de preparação na formação desses professores, pois não tiveram na formação inicial os conhecimentos necessários para que fosse possível o atendimento inclusivo nas atividades de educação física. Observamos também que, segundo relatos dos alunos nas entrevistas, os planejamentos não estão adequados para que todos participem, sem a caracterização da condição física dos alunos. No que se refere à acessibilidade física constatamos através de registro fotográfico que vários espaços nos ambientes dos três Campi não estão de acordo com a NBR ABNT NBR 9050:2004, precisando de adequações às condições físicas de todos, ou seja, permitindo que todos os alunos possam usufruir o bem público sem que haja barreiras arquitetônicas que possam impedir a participação dos mesmos no dia a dia social da escola. 

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