Alvorada do Remo: (re)pensando a Memória e a Identidade do Clube de Regatas Riachuelo a Partir das Narrativas Imagéticas do Seu Acervo Fotográfico.
Por Cristhian Fernando Caje Rodriguez (Autor).
Resumo
Em Florianópolis, no ano de 1915, com a fundação do Clube Náutico Riachuelo, o Remo adquiriria sua característica de prática física salutar ao homem. Entre as transformações urbanas que ocorriam na cidade, que visavam higienizar e dar ares modernos aos seus habitantes, o Remo e sua prática seriam incentivados. Durante as regatas os remadores se tornavam verdadeiros heróis ao exibirem sua força, beleza e disciplina. Assim, esboçar a presença do Remo e as suas relações com um corpo, a cidade e com as elites políticas da capital catarinense, ao longo de um século, é um dos principais objetivos desta pesquisa. Para tal, analisamos o acervo fotográfico do Clube, que por motivos da comemoração do seu centenário, em 2015, passou por um processo de classificação, musealização e exposição das imagens. A narrativa imagética construída nos ajuda a pensar as transformações na identidade destes sujeitos e deste esporte, assim como, a partir da temporalização que as imagens fazem, podemos compreender como a memória emerge se tenciona, se fragmenta e se recria.