Resumo

Recentemente, o caso dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos em Pequim 2008, seguido da eleição do Rio de Janeiro para 2016, reacende o debate sobre o interesse de cidades e países “periféricos” em sediar megaeventos esportivos. A oportunidade de sediar esses eventos possibilita aos países questionar, simbolicamente, a ordem global tradicional e identifica-los como representantes de territórios e culturas emergentes (BLACK; VAN DER WESTHUIZEN, 2004). A impressão precipitada sobre a novidade na “descentralização” de cidades sede estimula a revisão da história dos Jogos Olímpicos. Reconhecendo que há uma diferença significativa, no contexto político e dos Jogos Olímpicos em si, propomos identificar quais foram os principais motivos que justificaram ou motivaram a candidatura e escolha de cidades asiáticas – Tóquio 1964, Seul 1988 e Pequim 2008. Devido às barreiras linguísticas, esse estudo foi realizado a partir de pesquisas bibliográficas de publicações (artigos e livros) em inglês. Pesquisamos 16 bases de dados a partir das palavras-chave Tokyo, Seoul e Beijing (uma por vez) + Olympic (Jogos Olímpicos) + bid (candidatura). Foram excluídas as publicações que traziam esses termos de forma desconectada e/ou não tratavam das motivações e justificativas para a candidatura e escolha dessas cidades como sede. 

Acessar