Amplitude de Movimento de Tornozelo e o Paradigma das Tarefas Simultâneas Durante a Marcha de Idosos da Comunidade
Por Paulo Ferreira dos Santos (Autor), Lais Ezequiel Leite (Autor), Marina Minardi Nascimento (Autor), Natália Camargo Rodrigues (Autor), Daniela Cristina Carvalho de Abreu (Autor).
Em Motricidade v. 12, n 4, 2016. Da página 24 a 32
Resumo
Diminuição da Amplitude de Movimento (ADM) de tornozelo e redução da força de dorsiflexores em decorrência do processo de envelhecimento são alterações conhecidas e que estão associadas com o aumento do risco de tropeços e quedas. Foi nosso objetivo avaliar a ADM de tornozelo em idosos da comunidade durante a marcha habitual e em duas condições de tarefas simultâneas (funcional e cognitiva). Trinta e dois idosos da comunidade (66.8±4.7 anos), de ambos os sexos, não caidores, que apresentavam marcha sem dispositivo de auxilio, participaram do estudo. A dorsiflexão e flexão plantar de tornozelo foram avaliadas em três situações: marcha habitual, marcha com tarefa funcional e marcha com tarefa cognitiva, utilizando 8 câmeras Qualisys Pro-reflex Oqus 300®. Análises de variância (ANOVA) foram aplicadas e comparações foram feitas por Newman–Keuls no programa SPSS (versão 16.0) adotando nível de significância de 5% (p 0.05). Não houve diferenças entre as diferentes tarefas (p> 0.05) para a ADM de dorsiflexão e flexão plantar dos idosos, porém, durante a marcha habitual a ADM de dorsiflexão foi menor se comparada aos valores de referência descritos na literatura. A realização de tarefas associadas à marcha não alterou a ADM de tornozelo em idosos da comunidade não caidores, entretanto, são necessários mais estudos que abordem idosos que tiveram quedas prévias.