Resumo

INTRODUÇÃO: O déficit de rotação medial glenoumeral é um problema significativo em atletas arremessadores e tem sido associado a lesões secundárias no ombro. Apesar de sua importância, esse dado ainda não foi avaliado em atletas de handebol brasileiros. OBJETIVO: avaliar a amplitude de movimento de rotação medial (RM) e lateral (RL) do ombro dominante e não-dominante de atletas da seleção brasileira de handebol masculino por meio de imagens digitais. MÉTODO: Participaram do ISSN 0103-5150 Fisioter. Mov., Curitiba, v. 22, n. 4, p. 527-535, out./dez. 2009 Licenciado sob uma Licença Creative Commons Fisioter Mov. 2009 out/dez;22(4):527-535 528 estudo 21 atletas (18,85 ± 1,27 anos) dos quais foram captadas as imagens das RM e RL ativas (RM ATIVA, RL ATIVA), seguidas pela passiva de ambos os ombros (RM PASSIVA, RL PASSIVA). Posteriormente, essas imagens foram analisadas pelo software de avaliação SAPo (v.0.67). A análise estatística utilizou o teste t de Student e o coeficiente de correlação de Pearson (r), considerando p<0,05. RESULTADOS: Houve diferenças significativas para a RL PASSIVA e ATIVA entre os membros, com o ombro dominante apresentando maiores valores (102,25 ± 8,75 para RL ATIVA; 122,63 ± 8,92 para RL PASSIVA) quando comparado ao não-dominante (95,3 ± 8,77 para RL ATIVA; 114,6 ± 12,09 para RL PASSIVA). Para RM ATIVA e PASSIVA, os atletas não apresentaram diminuição significativa da amplitude de movimento entre os ombros. CONCLUSÃO: Atletas de handebol da categoria juvenil e júnior da seleção brasileira masculina apresentam ganho de RL no ombro dominante, sem a perda significativa de RM. Os resultados sugerem que o alongamento de cápsula posterior pode não ser o fator mais importante para prevenção de lesões nesses atletas.

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