Resumo

Os objetivos do presente estudo foram: (a) analisar o controle postural nos diferentes períodos da gestação e um mês após o parto; e (b) analisar o efeito agudo do aumento de massa, simulando a gestação, no controle postural de mulheres não gestantes. Para tal, participaram do estudo, 27 mulheres, sendo 14 gestantes (GE) e 13 não gestantes (GC). A tarefa consistiu em se manter sobre uma plataforma de pressão, sem se movimentar ou falar, durante um período de 40 segundos, nas condições: bipodal com visão e sem visão e semi-tandem com visão e sem visão. As participantes do grupo GE foram analisadas com 16, 20, 24, 28, 32, 36 semanas de gestação e um mês após o parto. O grupo GC realizou sete avaliações, uma com o peso normal de cada participante (SC) e seis utilizando um protótipo de barriga com cargas proporcionais ao peso adquirido em cada fase gestacional. As análises estatísticas foram realizadas no programa Statistica (v.8.0), adotando significância de 5% (P<0,05). O GE apresentou maiores AT, DT e VM com o decorrer da gestação e após o parto, tanto na base bipodal, quanto na semi-tandem, e o GC apresentou maiores DT e VM com o incremento de cargas e manteve a AT constante, também nas bases bipodal e semi-tandem. Estes resultados foram magnificados com a oclusão da visão para ambos os grupos. O GE, em comparação ao GC, apresentou maiores AT, DT e VM nas fases finais da gestação apenas na base bipodal. Portanto, houve um declínio na estabilidade do GE com o decorrer da gestação, que permaneceu por pelo menos um mês após o parto na base bipodal. Também, foi verificado um declínio na estabilidade do GC com o incremento de cargas. Sendo assim, apesar do incremento de cargas ter influenciado na estabilidade corporal, sugere-se que as alterações observadas na estabilidade corporal das gestantes ao longo da gestação não são decorrentes apenas do aumento de massa corporal, mas também devido às outras modificações fisiológicas que ocorrem no corpo da mulher. 

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