Resumo

EDITORIAL

Desde o início da década de 1990 tornou-se comum encontrar contribuições de pesquisas produzidas Brasil, incluídas. nos programas dos principais congressos internacionais sobre atividade física e esporte.
Embora não haja dados precisos quanto a esta participação, fez-se também corrente a hipótese de que as Ciências do Esporte praticadas no Brasil estariam posicionadas logo após os países líderes do setor. Em suma, nós brasileiros, como cientislas do esporte, estaríamos compartilhando com os colegas chineses da liderança dos países emergentes nos congressos promovidos pelo COI, ICSSPE, American College  European College • UNESCO etc. Mas, enquanto aguardamos confirmações deste destaque internacional podemos reunir evidências que poderiam explicar tal liderança. A primeira delas concerne à quantidade de congressos e simpósios de Educação Física, esporte, lazer e saúde os quais já somam cerca de meia centena a cada ano em todo o Brasil, com cinco deles incluindo mais de mil participantes. A segunda refere-se à existência de 216 cursos superiores de Educação Física no Brasil, um total apenas superado pelos EUA e países que formavam a antiga União Soviética. A terceira evidência prende-se ao funcionamento no país de 14 cursos de mestrado e 4 de doutorado nas mesmas áreas acadêmicas ora em exame. Mesmo considerando-se que quantidade não representa qualidade em termos de produção científica, já existe uma base institucional no Brasil nas áreas relacionadas às atividades físicas com potencial capaz de projetar suas melhores realizações no exterior. Talvez o incremento de contribuições brasileiras nos congressos internacionais de primeira linha, perceptível nos últimos anos, seja a "ponta do iceberg" da produção científica nacional na área em questão. Neste contexto podemos inserir o presente simpósio internacional e a instituição que lhe dá sustentação e significado há 27 anos, o CELAFISCS. Tal evento e a seu suporte organizacional constituem um exemplo da expansão dos estudos e pesquisas das atividades físicas no país uma vez que após criarem uma base nacional, ambos tem buscado uma melhoria contínua de qualidade e a devida projeção internacional. Assim, pelo menos neste caso, a "ponta do iceberg" não é apenas perceptível, mas sobretudo comprovada. E para compartilhar desta comprovação, convidamos a todos a percorrer as páginas adiante da presente publicação.

Prof Dr. Lamartine Pereira da Costa
Presidente da Academia Olímpica Brasileira – COB/ Professor da UGF – Rio de Janeiro
 

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