Resumo

O declínio da massa muscular e do desempenho físico em mulheres, especialmente após os 40 anos e durante a transição menopausal, pode leva a caso graves de sarcopenia. Portanto, existe a necessidade de avaliações precisas para identificar indivíduos em risco e propor intervenções como o treinamento de força como uma alternativa eficaz. O desafio da aderência a programas de treinamento, têm ênfase na intolerância da intensidade do exercício. A dissertação tem por objetivos de pesquisa, a investigação da confiabilidade dos testes de força e desempenho físico, bem como a avaliação do efeito de protocolos de carga autosselecionada. Destaca-se a importância de identificar respondedoras além das medidas mínimas detectáveis para obter dados confiáveis sobre intervenções na saúde de mulheres acima de 40 anos. O primeiro estudo tratou-se de um estudo transversal com total de 113 mulheres, com idade média de 58±11 anos (82% pós-menopausa). Foram realizados testes de uma repetição máxima (1RM) para sete exercícios de força: leg press a 45°, supino, extensão de pernas, pec deck, pull-down lateral com pegada larga, flexão de pernas e remada sentada com cabo, com reteste após 48 horas. O Timed-Up-and-Go, caminhada de seis minutos e teste de 30 segundos para levantar e sentar foram realizados no mesmo dia e retestados após 72 horas. Os testes e retestes foram administrados pelos mesmos avaliadores. A confiabilidade relativa (consistência da posição do participante entre teste e reteste) foi avaliada usando o coeficiente de correlação intraclasse para consistência e concordância, e a confiabilidade absoluta (precisão da pontuação) foi avaliada usando a MDM com base no erro padrão de predição. Os testes de 1RM e de desempenho apresentaram excelente confiabilidade. Esses testes mostraram valores significativos de MDM, especialmente para o teste de 1RM realizado na máquina. Embora os testes de FM e DF demonstrem excelente confiabilidade relativa em mulheres com mais de 40 anos, eles apresentam baixa confiabilidade absoluta, especialmente o teste de 1RM realizado na máquina e o teste de 30 segundos para levantar e sentar. Mudanças nestes testes menores que a MDM pode não indicar alterações reais em mulheres de meia-idade e mais velhas. No segundo estudo foi realizado um ensaio clínico randomizado conduzido com 90 mulheres acima de 40 anos submetidas a dois protocolos de TF (TF) por 12 semanas. No início, foram aplicados questionários sobre função cognitiva (MOCA), atividade física (IPAC), qualidade de vida (SF36) e aspectos sociodemográficos. Antes e após a intervenção, foram realizados testes de DF (TUG, LS, 6MWT), avaliação da força muscular (1RM) e composição corporal. Após a avaliação inicial, as participantes foram randomizadas em dois grupos: o grupo tradicional (GT), que treinou com intensidade imposta de 50-80% de 1RM, e o grupo de carga autosselecionada (GA), com autonomia para escolher a intensidade. O protocolo com intensidade autosselecionada demonstrou ser eficaz para ganho de força, massa muscular e melhora no DF. Contudo, não foi possível estabelecer equivalência como o protocolo tradicionalmente recomendado pelo ACSM. A intensidade apresentou-se como variável importante para o ganho de força muscular, adicionalmente o volume foi relevante para respostas na massa muscular. Além disso, as respostas além da AMD mostraram-se influenciadas tanto pela intensidade quanto pelo volume.

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