Resumo

Durante o processo de envelhecimento, o declínio dos componentes de capacidade funcional associado a doenças crônico degenerativas (DCD), diminui significativamente a qualidade de vida do idoso. Dentre as DCD, complicações ósteo articulares e conseqüentes dores crônicas são de alta prevalência nessa população. Diversos estudos têm demonstrado que o tratamento mais efetivo para a melhora de dores crônicas são aqueles que englobam mais de um profissional da saúde, denominado interdisciplinar. O objetivo do presente estudo foi analisar os efeitos da abordagem interdisciplinar na reabilitação de idosa com dor crônica de ombro. Este estudo foi delineado como estudo de caso. Para avaliação dos graus de flexibilidade foi utilizado um goniômetro, nos seguintes movimentos: flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e rotação lateral, de ambos os hemicorpos, antes e após intervenção. Também foi utilizada uma escala analógica para estimar a intensidade de dor em todas as avaliações. A intervenção foi englobada por três diferentes profissionais da saúde: médico, fisioterapeuta e educador físico. Após diagnóstico médico e medicação com antinflamatório, foram realizadas sessões de fisioterapia com tens, laser He, ultrassom e ondas curtas, sendo a seguir iniciado treinamento de flexibilidade por meio do método de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP). Para análise dos dados, as alterações percentuais das variáveis analisadas, em relação à condição inicial (pré-intervenção), foram empregadas para verificar as possíveis mudanças relacionadas ao tratamento. Foram constatados aumentos da flexibilidade nos movimentos de flexão, extensão, abdução, adução e rotação lateral do hemicorpo direito (4-18%) e extensão, abdução, adução, rotação medial e lateral do hemicorpo esquerdo (1-16%) com diminuição da intensidade de dor em todos os movimentos. Como conclusão, podemos afirmar que a abordagem interdisciplinar mostrou-se bastante eficaz na diminuição da dor crônica da participante, propiciando recuperação da independência e autonomia para realização das atividades de vida diária e, por conseguinte, melhora da qualidade da sua vida (QV).

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