Análise Angular do Joelho na Pernada Alternada no Polo Aquático: Dados Preliminares
Por Sabrina Teixeira (Autor), Sônia Corrêa (Autor), Gilberto Guimarães Junior (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Devido aos poucos estudos referentes ao Pólo Aquático e a necessidade de suporte
teórico para os profissionais envolvidos no ensino da modalidade, este estudo teve
como objetivo a análise das médias angulares do joelho na pernada alternada assim
como a altura máxima alcançada pelo quadril , utilizando como base de comparação
o estudo de ALEXANDER e TAYLOR (2006) sobre a pernada alternada na fase de
sustentação (FS) e arremesso (AR). A metodologia utilizada foi a Cinemetria, na
piscina olímpica do Esporte Clube Pinheiros, utilizando calibrador de 90 x 90 cm e
uma filmadora subaquática fixada a um tripé. Os 6 indivíduos, atletas iniciantes,
foram marcados nas articulações do membro inferior e na falange distal do dedo
mínimo, com tinta para pele. Para análise dos dados foram utilizados dois programas
do Instituto de Biomecânica de Colônia - Alemanha, sendo o programa Vídeo para
digitalização e o programa UDP (Universal Darstellung Program) para calcular as
variáveis angulares. Segundo a literatura no início da pernada o joelho é flexionado
entre 20° e 15º, o que corresponde a sua flexão máxima, seguido de uma extensão
quase completa. Verificou-se entre os atletas no AR uma média de máxima flexão
entre 44° na perna direita (PD) e 28° na perna esquerda (PE) e na FS de 68° e 48°
respectivamente, o que nos remete a um afastamento do padrão em ambas as
pernas, sendo que no AR há uma maior aproximação do padrão, podendo estar
associada à necessidade de eficácia no mesmo resultando numa maior preocupação
da execução. Na fase de extensão ambas situações demonstraram valores médios
de máxima extensão entre 168° PD e 165° PE o que se encontra dentro do padrão.
Segundo SANDERS (2005) a altura mantida na pernada está relacionada com a
velocidade do pé, esta por sua vez, pode ser melhorada de acordo com a amplitude
articular do joelho, fato este que se observou neste estudo já que os atletas com
maior amplitude articular desta articulação obtiveram maiores alturas. Devido à
ação da pernada ser uma combinação complexa do quadril, joelhos e tornozelos
torna-se necessária à determinação de tais padrões para melhorar o processo de
ensino-aprendizagem e desempenho, evitando lesões futuras.
