Resumo

O treinamento pliométrico em ambiente aquático tem sido proposto porque reduz as cargas proporcionada pela ação do empuxo. Entretanto, pouco se sabe sobre as características biomecânicas dos exercícios pliométricos na água, as quais podem auxiliar na prescrição do treinamento neste ambiente. Este estudo teve por objetivo analisar a força vertical de reação do solo e a duração do contato do salto em profundidade (SP) realizado no solo e na água. Participaram da pesquisa 22 atletas do sexo masculino (19,1±3,7 anos), os quais executaram três SPs máximos no solo e na água (imersão do quadril). Analisou-se o pico de força e a duração das subfases de frenagem e propulsão do contato do SP com o uso de duas plataformas de força subaquáticas, um eletrogoniômetro 2-D impermeabilizado, os sistemas de aquisição ADS2000-IP e TeleMyo 2400TG2, e um sincronizador de sinais. O efeito do ambiente foi investigado através de testes de comparação para amostras dependentes (p<0,05). Na água, observou-se (a) uma redução de 41,8% (p<0,001; d=2,24) e de 23,8% (p<0,001; d=1,50) do pico de força durante as subfases de frenagem e propulsão, respectivamente; e (b) um aumento de 41,8% na duração da frenagem (p<0,001; d=1,41) e de 12,3% na duração da propulsão (p=0,006; d=0,75) do contato. O ambiente aquático pode ser uma alternativa quando se tem o objetivo de reduzir a carga durante o contato do SP; entretanto, o aumento da duração das subfases do contato pode comprometer o funcionamento adequado do ciclo alongamento-encurtamento na água.

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